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Duo italiano Sambuca reinterpreta clássicos da música brasileira no álbum "Luz"

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Os italianos Irene Amata e Roberto Stimoli, que compõem o duo Sambuca, acabam de lançar o álbum “Luz”. O disco traz clássicos da música brasileira reinterpretados e sempre cantados em português, como um tributo aos grandes nomes do samba e da MPB.

RFI Convida o Duo Sambuca
RFI Convida o Duo Sambuca © RFI
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“Luz” deveria ter sido lançado no primeiro semestre. Mas por causa da pandemia de Covid-19, que também afetou o mundo da música, o projeto acabou sendo adaptado, com a divulgação da versão digital em maio e o álbum físico chegando às lojas apenas no final de setembro.

Mas o contratempo não apagou o entusiasmo da cantora Irene Amata e do instrumentista Roberto Stimoli, dois apaixonados pelos ritmos do Brasil e radicados em Paris, que trabalham juntos desde 2014. “Quando se toca violão, é inevitável escutar a música brasileira, pois há muitos virtuoses do instrumento, como Baden Powell, [Egberto] Gismonti, [Hermeto] Pascoal”, enumera Stimoli. “Entao se você ama o violão, tem que amar a música brasileira também”, explica.

Já Irene Amata diz que o interesse pela música brasileira a acompanha há mais de 20 anos e, estudando os ritmos do país, acabou se interessando pelo idioma. “Cantar em português é como tocar um instrumento. A língua tem uma importância rítmica fundamental”, resume a cantora.

Foi por essa razão, aliás, que o duo insistiu em gravar todos os títulos brasileiros em português, evitando a facilidade das versões em inglês ou até em italiano, subterfúgio muitas vezes adotado por cantores internacionais que se aventuram no samba ou na bossa nova. “Queremos respeitar as canções originais, e a língua brasileira tem uma música que queremos respeitar”, aponta Irene.

Um desafio e tanto, principalmente quando o duo enfrenta o título Kid Cavaquinho, de João Bosco, uma prova de fogo linguística para músicos que aprenderam o português cantando. Títulos como Vera Cruz, de Milton Nascimento, ou ainda a bela e menos conhecida Canto de Oxalufã, de Toquinho e Vinícius de Moraes, também fazem parte da seleção. “O repertório nasceu da vontade de nos divertirmos e também de fazer uma pesquisa na música brasileira, pois há canções de estilos e autores diferentes. Mas o primeiro critério, fundamental, é o quanto gostamos de uma música.”

O álbum não podia deixar de lado clássicos como Chega de Saudade, ou ainda Garota de Ipanema, “a canção brasileira mais conhecida no mundo”, defende a cantora. O toque europeu fica por conta da francesa La Javanaise, de Serge Gainsbourg, e Estate, de Bruno Martino e Bruno Brighetti, música vista pelos críticos como o título mais bossa-nova do cancioneiro italiano. Prova de que “Luz” é, antes de mais nada, uma homenagem ao Brasil.

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