Britânicos poderão visitar caixão da rainha Elizabeth II na catedral de St. Giles, em Edimburgo
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O caixão com o corpo da rainha Elizabeth II, morta na última quinta-feira aos 96 anos, poderá ser visitado nesta segunda-feira (12) na catedral de St. Giles, na Escócia, antes de seguir viagem até Londres. Na capital, britânicos e admiradores da monarca terão quatro dias para prestar suas últimas homenagens na Abadia de Westminster, onde acontecerá o funeral no próximo dia 19. Centenas de milhares de pessoas se preparam para se despedir da rainha Elizabeth II.
Vivian Oswald, correspondente da RFI em Londres
O caixão da rainha Elizabeth II será aberto para a visitação do público na tarde desta segunda-feira (12) na catedral de St. Giles, na Escócia, onde permanecerá até terça-feira (13), antes de partir de avião para Londres.
O rei Charles III e sua esposa, Camilla, a rainha-consorte, devem acompanhar o trajeto do Palácio de Holyroodhouse até a catedral de St. Giles, por volta das 14h30. Os outros membros da família real seguirão logo atrás, de carro. A procissão deve durar meia hora. Durante a cerimônia religiosa, a coroa da Escócia, de ouro maciço, será colocada sobre o caixão.
O novo rei também deve receber a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, e participar de uma sessão de condolências no Parlamento local. Às 19h20, a família real iniciará o velório
No último fim de semana, centenas de milhares de pessoas acompanharam o trajeto de seis horas do caixão da casa de verão da rainha em Balmoral, onde morreu na quinta-feira (8), até a residência oficial da família real em Edimburgo. Houve silêncio, aplausos e flores jogadas pelo caminho. Enquanto isso, no resto do país, súditos e admiradores seguiram deixando mensagens e flores em frente aos seis palácios dos Windsor pelo Reino Unido.
Charles III tem agenda intensa
Embora tenha perdido a mãe há menos de uma semana, o novo rei tem uma agenda intensa. Nesta segunda-feira, em Londres, ele será recebido em Westminster Hall, a ala mais antiga do prédio do Parlamento britânico, por representantes da Câmara dos Comuns e a dos Lordes, que transmitirão ao novo soberano suas mensagens de condolências.
No final da semana, a Abadia de Westminster, na capital britânica, permitirá visitas por quatro dias antes do funeral. As autoridades já avisaram que haverá longas filas, que podem durar muitas horas, e pediram às pessoas que se vistam de maneira apropriada, façam silêncio e desliguem seus telefones.
Fotos e filmes estarão proibidos no local. O esquema de segurança será mantido 24 horas por dia e será equivalente ao aparato encontrado nos aeroportos, com inspeções de bolsas e detetores de metais. Na capital, há previsão de atrasos no sistema de transporte e ruas fechadas.
Funeral terá forte segurança
Marcado para o dia 19 de setembro, a cerimônia do funeral de Estado, que deve durar cerca de uma hora, vai acontecer na Abadia de Westminster e terá a participação chefes de Estado e de governo do mundo inteiro. De lá, um cortejo acompanha o caixão pelas proximidades do Hyde Park, onde passa de uma carruagem para um carro fúnebre que o levará para Windsor, 45 quilômetros de Londres.
Sua última parada é de Castelo Windsor, um dos endereços favoritos da monarca, que se mudou para lá depois da pandemia. Foi no castelo que viveu os últimos momentos com o marido, o príncipe Philip, morto em abril do ano passado aos 99 anos. Ela será enterrada na sepultura real no castelo próxima do marido com quem foi casada por 74 anos.
O protocolo do funeral de Estado é cheio de detalhes e segue os ritos cuidadosamente organizados pelo palácio há pelo menos duas décadas. O último funeral de Estado realizado Reino Unido aconteceu em 1965 por ocasião da morte do ex-primeiro-ministro Winston Churchill.
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