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Funeral da rainha Elizabeth II será em 19 de setembro; Charles III decreta feriado

O anúncio da data do funeral da rainha Elizabeth II, que morreu na quinta-feira (8) na Escócia, foi feito neste sábado (10) pelo palácio de Buckingham.  

Os príncipes William e Harry deixaram as desavenças de lado e foram com suas esposas, Kate e Meghan, prestar homenagem à rainha no castelo de Windsor
Os príncipes William e Harry deixaram as desavenças de lado e foram com suas esposas, Kate e Meghan, prestar homenagem à rainha no castelo de Windsor AP - Kirsty O'Connor
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O funeral acontecerá na Abadia de Westminster, no centro da capital, às 11h no horário local. O novo rei, Charles III, decretou feriado para a ocasião. O caixão da rainha deve ser transferido do castelo de Balmoral, na Escócia, neste domingo (11), após uma longa procissão, que passará por Aberdeen e Dundee.

Ele será levado para o Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas no país, onde chegará por volta das 15h. Na segunda-feira (12), o corpo da rainha segue para a Catedral de St. Giles, na capital escocesa, e, na terça-feira (13) será transportado à tarde de avião para Londres.

Em seguida, haverá uma outra procissão na capital britânica e o corpo da soberana deverá ser exposto ao público de quarta-feira (14) a segunda-feira (19) de manhã, no hall de Westminster Hall, antes do funeral.

Diversos líderes devem participar do evento, como o presidente americano, Joe Biden, o francês, Emmanuel Macron, a presidente da Comissão Europeia,Ursula von der Leyen, além vários dirigentes das ex-colônias britânicas.

O rei Charles III falou à nação pela primeira vez depois de assumir o trono, neste sábado
O rei Charles III falou à nação pela primeira vez depois de assumir o trono, neste sábado REUTERS - POOL

Neste sábado, o príncipe William, herdeiro do trono britânico, prometeu "apoiar" seu pai, o novo rei Charles III, em um comunicado divulgado neste sábado. No texto, ele elogiou o "engajamento de uma dirigente extraordinária".

"Eu sabia que esse dia chegaria, mas vou levar algum tempo para aceitar a vida sem a vovó", acrescentou o príncipe de Gales, agora com 40 anos.

"Minha vó dizia que a tristeza era o preço do amor. Toda a tristeza que sentiremos nas próximas semanas será a testemunha do amor que temos pela nossa extraordinária rainha. Vou honrar sua memória e e apoiar meu pai, o rei, de todas as maneiras possíveis", escreveu. 

"Ao mesmo tempo que eu choro sua perda, sinto um profundo reconhecimento", completou William, acrescentando que tinha beneficiado da sabedoria e do reconforto da rainha durante 40 anos. "Minha mulher beneficiou de seus conselhos e de seu apoio durante vinte anos e meus três filhos puderam passar férias com ela e terão lembranças que vão durar a vida toda."

O príncipe William, Kate, o princípe Harry et Meghan, diante das flores colocadas pela população em frente ao castelo de Windsor
O príncipe William, Kate, o princípe Harry et Meghan, diante das flores colocadas pela população em frente ao castelo de Windsor AP - Alberto Pezzali

Harry e William prestam homenagem 

O príncipe William, seu irmão Harry e suas respectivas esposas, Kate e Meghan, deixaram as desavenças de lado e se recolheram diante das flores colocadas em frente ao castelo de Windsor neste sábado. Os quatro membros da família real andaram juntos debaixo de uma salva de palmas da multidão, que se reuniu para homenagear a rainha. 

O distanciamento entre os filhos do novo rei Charles III e Diana começou quando Harry e Meghan decidiram se retirar da monarquia em 2020 para se estabelecer nos Estados Unidos.

Mas a ruptura na relação foi confirmada em março de 2021, quando o duque e a duquesa de Sussex confidenciaram, em uma entrevista explosiva na televisão americana, que Catherine fez Meghan chorar, acusando a família real de racismo. Desde então, Harry manteve relações tensas com seu irmão William e com seu pai.

Novo rei diz que "ama Harry e Meghan"

O novo monarca, no entanto, expressou seu "amor" pelo filho e sua esposa Meghan na sexta-feira em seu primeiro discurso televisionado como rei.

Charles III, foi oficialmente proclamado o novo monarca do Reino Unido neste sábado (10), abrindo uma nova era na história de um país que se prepara para se despedir de Elizabeth II, sua guia e símbolo de estabilidade por sete décadas.

Em uma cerimônia solene televisionada do Palácio de Saint-James em Londres, na presença de seu herdeiro William, da rainha consorte Camilla, da primeira-ministra Liz Truss e seus antecessores vivos, o Conselho da Ascensão assinou a proclamação do novo rei.

"O reinado da minha mãe foi inigualável pela sua duração, dedicação e devoção (...) Estou profundamente consciente desta grande herança e dos deveres e das responsabilidades da soberania, que agora me são transmitidos", declarou o novo monarca de 73 anos.

Após a cerimônia, a proclamação foi lida ao público de uma varanda do palácio, ao som das trombetas reais e na presença da guarda real. Uma segunda proclamação foi feita em outros pontos de referência no país.

Os membros do Parlamento juraram fidelidade ao monarca durante uma sessão excepcional no sábado. Depois, Charles III deveria voltar a receber Truss e os principais membros do seu executivo, recentemente nomeados na terça-feira.

No seu primeiro discurso televisionado como Charles III, o novo monarca elogiou na sexta-feira a sua "amada mãe", uma "modelo" e uma "inspiração" sempre "ao serviço do povo".

Durante uma missa na sexta-feira na catedral de St Paul, em Londres, o hino britânico foi cantado com uma letra modificada, "God save the King", pela primeira vez em 70 anos.

Nenhum soberano britânico esperou tanto tempo para assumir o trono e Charles III terá que esperar um pouco mais pela cerimônia de coroação. A data da cerimônia ainda não foi revelada: sua própria mãe esperou mais de um ano para se tornar rainha.

Após a enorme popularidade de Elizabeth II, a ascensão de Charles III, menos apreciado pela opinião pública, abre um período delicado para uma monarquia que enfrenta múltiplos desafios, como as críticas ao seu passado colonial e esclavagista.

Além disso, o Reino Unido enfrenta sua pior crise econômica em 40 anos e teve quatro primeiros-ministros diferentes em  seis anos. As divisões correm por todo o país sobre o Brexit e sobre os desejos de independência na Escócia e na Irlanda do Norte.

(Com informações da AFP)

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