Vôlei: brasileiro participa de vitória do AS Cannes no campeonato francês
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Ouvir - 06:07
Na primeira temporada jogando na França, o brasileiro Danilo Gelinski fez bonito e foi destaque na vitória de seu novo clube, o AS Cannes, na final da Liga Francesa, no último dia 25. O placar final, em tie-break, foi de 3 a 2 contra o Chaumont.
“Foi muito gratificante participar dessa vitória, fazia tempo que o clube não era campeão”, diz o levantador, de 31 anos e 1,93m de altura.
“Sempre ouvi falar muito do campeonato francês, de ser uma competição com equipes muito equilibradas, nunca se sabe quem vai ser campeão. Fiquei muito feliz com o novo desafio e não imaginava que ia sair com o título, especialmente em um ano tão complicado, sem torcedores, bem no meio da pandemia”, conta Danilo.
“Viagens, alimentação nos hotéis, era tudo muito complicado. Foi uma temporada muito especial”, acrescenta.
O vôlei é um esporte com popularidade em ascensão na França, país ainda do futebol, do rúgbi e do tênis. Danilo se surpreendeu com o carinho dos fãs, que reconhecem os jogadores, acenam para os carros do time e acompanham o calendário.
Danilo confirma que o toque brasileiro tem o seu charme no mundo do vôlei: “A escola brasileira é muito forte, muito conhecida e respeitada no mundo do vôlei. Os torcedores gostam quando se tem um jogador brasileiro na equipe. Eles apreciam como o atleta foi criado e aprendeu a jogar”. Quando o Bernardinho foi escolhido para ser o treinador da equipe francesa, a repercussão foi muito positiva no grupo, diz o levantador.
Esportista desde pequeno
O esporte na vida de Danilo veio do berço, ou mesmo antes. Os pais sempre foram atletas, mas nos circuitos amador e universitário. O pai jogava basquete e vôlei. A mãe jogava de tudo e hoje é personal trainer. O irmão mais velho, Thiago, também é levantador e foi campeão pelo campeonato turco recentemente. Danilo sempre praticou algum esporte, desde pequeno, até chegar ao vôlei, por volta dos 15 anos e daí não parou mais.
A última convocação para a seleção foi há cerca de sete anos. "Depois não tive mais a oportunidade, mas gostaria muito. Eu sei que não vai ser para esta Olimpíada, mas é o sonho de todo atleta".
Danilo ainda não teve tempo de explorar a França. Ele ainda não domina a língua, mas entende alguma coisa "por aproximação". Mas explica que os treinos são em inglês, por causa de outros jogadores estrangeiros. Por enquanto, por causa da pandemia e do toque de recolher, ele aproveita os momentos de folga com a mulher, em casa.
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