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Brasil-Mundo

"O resultado do PIB é uma boa surpresa", diz Campos Neto em fórum do Grupo Lide em Washington

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O comentário do presidente do Banco Central foi feito a empresários durante o Lide Brazil Development Forum, evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Roberto Campos comemora a alta de 0.9% do Produto Interno Brasileiro no segundo trimestre do ano, quando a expectativa de crescimento era de cerca de 0.3%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos, durante um evento organizado pela LIDE Brasil em Washington
O presidente do Banco Central, Roberto Campos, durante um evento organizado pela LIDE Brasil em Washington REUTERS - ADRIANO MACHADO
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Luciana Rosa, correspondente da RFI em Washington

Roberto Campos Neto se mostrou otimista em relação a outros números do país, atribuindo a independência do Banco Central à capacidade em responder de forma veloz a períodos de crise como o recente aumento da inflação.

“A gente tem dificuldade para encontrar outro lugar que tenha números tão bons quanto o Brasil", disse.

Mas ele reconheceu que o ajuste de preços da Petrobrás executado recentemente fez com que a inflação voltasse a subir. Porém, insistiu que, de uma forma geral, os números estão melhorando, ainda que de maneira "bastante lenta".

"A gente tem um juro real ainda alto, mais alto do que a maioria dos países, mas em um percentual menor do que o histórico (do Brasil)."

O presidente do Banco Central não comentou as falas do presidente Lula desta sexta em evento no Ceará, dizendo que não havia comunicação entre os dois e que os juros no Brasil precisam diminuir. "Não pensem que eu acho que o juro está baixo. O juro ainda está alto", esclareceu Lula.

Reforma Tributária

A possibilidade de um crescimento econômico baseado na sustentabilidade e a necessidade de o Brasil assumir um papel de liderança na geração de energia limpa, devido ao tamanho de sua matriz, foram os temas mais abordados pelas autoridades presentes no encontro.

Porém, com a reunião de 10 governadores e 7 prefeitos no mesmo ambiente que o presidente do senado, Eduardo Pacheco, a reforma tributária acabou sendo um assunto difícil de se evitar.

Em coletiva de imprensa, Pacheco, voltou a dizer que a votação da reforma deve ocorrer até o mês de outubro. Ele se mostrou entusiasmado com as possibilidades de avanço representados pela nova lei de arrecadação.

"Passar do sistema tributário para o imposto único, simplificado, menos burocratizado, mais inteligível aqueles que vão investir e com mais segurança jurídica é evidente que isso é melhor para o Brasil."

Mas advertiu que esta é apenas uma das mudanças que precisam ser feitas, dizendo que a medida gerará resultados a longo prazo, não podendo ser a única aposta do governo para melhorar as atuais perspectivas econômicas.

"Nós não podemos fiar todas as nossas perspectivas econômicas à reforma tributária. Ela é muito importante, ela é imprescindível, mas ela gerará efeitos ao longo do tempo no Brasil."

Para o senador, em lugar de aumentar a carga tributária ou aumentar a alíquota de impostos é preciso fazer com que aqueles que não pagam passem a pagar.

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