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A Semana na Imprensa

Fim de conflito Israel-Hamas parece distante, mas solução de “dois países” ressurge como cenário de paz

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Como é possível imaginar o fim do conflito entre Israel e o Hamas enquanto os bombardeios israelenses continuam na Faixa de Gaza e pouco se sabe sobre os reféns capturados em 7 de outubro? As revistas francesas dessa semana se interessam pelo assunto e analisam o futuro do Oriente Médio após o fim da guerra. A solução de dois países volta a aparecer entre os cenários para a paz.

Fumaça e destroços sobem após um ataque aéreo israelense no centro de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, visto de Israel, em 11 de dezembro de 2023.
Fumaça e destroços sobem após um ataque aéreo israelense no centro de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, visto de Israel, em 11 de dezembro de 2023. REUTERS - AMIR COHEN
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A revista L'Express imagina cinco cenários diferentes para o pós-guerra. O primeiro e um dos mais prováveis, segundo especialistas entrevistados, é de que o conflito dure ainda muito tempo, uma situação arriscada para Israel. Uma prolongação da guerra aumentaria o número vítimas entre os soldados israelenses e civis palestinos, colocando em questão a operação em Gaza diante da opinião pública internacional.

O segundo cenário, é de uma ocupação da Faixa de Gaza por Israel, após uma vitória sobre o Hamas. Uma anexação do território parece improvável, mas uma ocupação de fato como a do sul do Líbano é considerada possível, segundo especialistas do Oriente Médio para a L’Express.

O terceiro cenário, temido pelos países ocidentais desde o começo da guerra, é o de uma escalada do conflito a toda a região com a entrada do Hezbollah libanês e seu aliado iraniano. Essa situação seria catastrófica, tanto pelas vidas humanas, quanto pelas perdas materiais.

O quarto, seria o de uma governança internacional de Gaza, como proposto pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. Mas para os especialistas citados "não haverá coalizão internacional, enquanto não houver acordo de paz".

Finalmente, o sexto cenário, o mais otimista, mas também o mais complexo, é o de dois estados. A revista lembra que os ataques de 7 de outubro colocaram no centro do debate as condições de vida dos palestinos. Por isso, este esquema, marginalizado nos últimos anos, é atualmente considerado como o único possível para conseguir a paz. Para alcançá-lo seria necessário desmilitarizar o Hamas, restituir a legitimidade à Autoridade Palestina e o fim do governo de Benjamin Natanyahu.

Conflito nas mãos dos EUA

Para a L'Obs, o destino do conflito está nas mãos do governo americano. A revista define a guerra como uma corrida contra o relógio entre um Exército israelense decidido a destruir as capacidades militares do Hamas e o momento em que os Estados Unidos não poderão mais assumir a tragédia humana e vão impor um cessar-fogo. Apesar de repreensões pelas mortes de civis, os Estados Unidos permitem que Israel continue os bombardeios, por ora. Para a revista, os dois países compartilham o mesmo objetivo, o de enfraquecer o Hamas.

A Le Point traz uma investigação sobre os serviços secretos israelenses que já começaram a "caçada" aos responsáveis pelos ataques de 7 de outubro. O Mossad e o Shin Bet receberam ordem do próprio Netanyahu de eliminar "um a um" os terroristas que mataram israelenses. Além de perseguir os líderes do Hamas, os serviços secretos rastreiam também os fluxos financeiros dos chefes do movimento islâmico palestino.

Antes dos ataques, os israelenses acreditavam que tinham os melhores serviços secretos do mundo, mas isso mudou. A tragédia, de acordo com a revista, simbolizou o fracasso do Mossad e do Shin Bet, causando um verdadeiro terremoto no país.

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