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A Semana na Imprensa

Brasil de Lula e Marina quer pesar na luta mundial contra as mudanças climáticas

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As revistas francesas desta semana trazem uma série de reportagens sobre o Brasil, com análises das promessas e desafios do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu governo. Os semanários falam do papel brasileiro na luta contra as mudanças climáticas e repercutem a presença de Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Apesar das divergências do passado, Lula e Marina Silva se reaproximaram para colocar a luta contra as mudanças climáticas na lista de prioridades do novo governo brasileiro.
Apesar das divergências do passado, Lula e Marina Silva se reaproximaram para colocar a luta contra as mudanças climáticas na lista de prioridades do novo governo brasileiro. AP - Eraldo Peres
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A revista Challenges reproduz as declarações feitas pela nova ministra, em que ela anuncia que o Brasil não vai fugir de suas responsabilidades e terá um papel de primeiro plano na luta contra o aquecimento global. “Durante seu discurso ao assumir o cargo, ela deplorou que a agenda ambiental tenha sido destruída pelo governo anterior, ao ponto de transformar o Brasil em um pária em termos de luta contra as mudanças climáticas”, relata o texto.

A personalidade da nova ministra do Meio Ambiente também é destaque na revista L’Obs, que lista em uma reportagem “as 10 coisas a saber sobre Marina Silva”. O texto resume o percurso da atual ministra, apresentada pela publicação como uma “figura de proa da proteção da Amazônia”, que “terá muito a fazer depois da devastação dos anos Bolsonaro”.

Marina é elogiada pela publicação, que aponta sua eficiência à frente do mesmo ministério, em 2003. “Devemos a ela em grande parte os resultados positivos das duas primeiras presidências de Lula, inclusive uma redução de 76% no desmatamento”, aponta L’Obs.

Mas a revista também lembra que Marina teve divergências importantes com Lula, ao ponto de renunciar. “A gota d'água foi o sinal verde dado ao complexo hidrelétrico de Belo Monte, que inundou mais de 500 km² de selva”, ressalta L’Obs.

Depois desse episódio, Marina Silva e Lula ficaram anos sem se falar. “Foi preciso a condenação e depois a prisão do ex-presidente para que eles se reaproximassem. Suas origens muito modestas e a incrível tenacidade de ambos os tornam aliados lógicos”, avalia a publicação. Mas o fator decisivo para Marina Silva se aproximar novamente do líder petista “foi o compromisso de Lula em fazer da Amazônia e da luta contra a crise climática uma verdadeira prioridade”.

Reparar isolamento internacional da era Bolsonaro

Ainda sobre o Brasil, Le Point explica como o país pretende retomar o diálogo no âmbito global. A revista relata que Lula fará uma primeira viagem internacional para a Argentina, onde participará da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em 23 e 24 de janeiro, e que já prevê ir aos Estados Unidos, China e Portugal.

“Lula, que já governou a maior economia da América do Sul entre 2003 e 2010, mostra assim seu desejo de romper o isolamento internacional do Brasil que marcou o mandato de seu antecessor de extrema direita, Jair Bolsonaro”, avalia a revista Le Point.

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