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A Semana na Imprensa

Em cenário de mudanças climáticas, revista francesa acusa Greenpeace de trocar ecologia por lobby

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Em uma semana em que recordes de calor foram alcançados na França e em toda a Europa, as discussões sobre o aquecimento global se intensificaram na imprensa francesa. A revista L’Obs traz, em sua reportagem de capa, o problema da seca na França, uma das consequências das mudanças climáticas.

Ativistas do clima do Greenepace bloqueiam o acesso à Sala Pleyel onde estava programada uma reunião de acionistas da gigante energética francesa TotalEnergies em Paris, em 25 de maio de 2022.
Ativistas do clima do Greenepace bloqueiam o acesso à Sala Pleyel onde estava programada uma reunião de acionistas da gigante energética francesa TotalEnergies em Paris, em 25 de maio de 2022. AFP - BERTRAND GUAY
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Tatina Ávila, da RFI

A matéria, que tem como título: “A guerra da água está declarada”, informa que as secas, que vêm acontecendo cada vez mais cedo e com mais intensidade, já atingem regiões que vão do Sudoeste do país à Bretanha. E a falta de água, que se tornou uma constante em diversas cidades, é tema de conflitos entre agricultores e ecologistas. Na França, a agricultura é apontada como responsável pela utilização de 45% do recurso.

O aumento das ondas de calor tem forçado às cidades buscarem soluções. A revista L’Express traz os exemplos adotados por Lyon para baixar os termômetros. O poder público do município vem aumentando as áreas verdes, com a plantação de árvores e investindo para tornar os solos mais permeáveis, para uma maior absorção da água da chuva.

Já a revista Le Point questiona, em reportagem, que o Greenpeace, um dos grupos ecologistas mais conhecidos do mundo, não seria tão ecológico quanto parece. A ONG, criada em 1971 por hippies e opositores à guerra do Vietnã, teria mudado não apenas de tamanho, já que possui atualmente um orçamento anual de € 410 milhões, mas também de natureza.

A publicação aponta que o Greenpeace, hoje, não estaria mais interessado em ações para salvar o planeta e sim voltado para um trabalho de lobby junto às empresas e para a produção de pesquisas com revelações catastróficas usadas para impor os pontos de vista defendidos pelo grupo.

Em entrevista, o ex-presidente da organização, Patrick Moore, afirmou que a tática da ONG é espalhar o medo para arrecadar fundos. Já Bennet Metcalfe, um dos fundadores do Greenpeace, disse à revista que quando pensa em todas as mudanças que a organização sofreu desde a sua fundação, acredita ter criado um monstro.

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