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A Semana na Imprensa

Mundo apresenta um boom sem precedentes de nascimento de gêmeos

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A revista francesa Paris Match desta semana se interessou pelo aumento de nascimentos de gêmeos pelo mundo. O texto se baseia em um estudo publicado na revista científica Human Reproduction. Segundo a reportagem, “mais de 1,6 milhão de pares de gêmeos nascem a cada ano no mundo", ou seja, quase um em cada 40 bebês. Até a década de 1980, a taxa global de nascimentos de gêmeos era de 9,1 para cada 1.000 partos. Atualmente, o índice é de 12 casos para cada 1.000 partos, o que representa um aumento de um terço em apenas 30 anos.

Paris Match ilustra sua matéria com uma imagem das irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, que ficaram conhecidas como estrelas-mirins em Hollywood
Paris Match ilustra sua matéria com uma imagem das irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, que ficaram conhecidas como estrelas-mirins em Hollywood © Fotomontagem RFI/Adriana de Freitas
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Paris Match ilustra sua matéria com uma imagem das irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, que antes de se tornarem estilistas famosas à frente da marca The Row, ficaram conhecidas como estrelas-mirins em Hollywood. No entanto, como aponta a revista, se antes os gêmeos eram uma exceção, as gravidezes múltiplas vêm se tornando cada vez mais banais.

O estudo da Human Reproduction explica que o número dos chamados gêmeos autênticos (monozigóticos) mantém a mesma média no mundo todo. O que mudou foi o aumento inédito de gestações de falsos gêmeos, vindos de óvulos diferentes.

Reprodução assistida e gravidez tardia

Várias razões são apontadas para explicar esse fenômeno. A principal delas é a popularização das reproduções medicamente assistidas, que tradicionalmente resultam em uma proporção maior de nascimentos de gêmeos.

Além disso, os especialistas chamam a atenção para o aumento de gestações tardias. Isso porque, explica a reportagem, “o nível sanguíneo do FSH, um hormônio que intervém no amadurecimento do óvulo e na ovulação, aumenta com a idade e faz subir a probabilidade de uma gravidez de gêmeos”.

O estudo também aponta que oito em cada dez gêmeos nascem nos continentes africano ou asiático. Dos 3,2 milhões que vêm ao mundo a cada ano, 1,3 milhão deles estão na África (650.000 pares) e quase o mesmo número na Ásia. O restante, cerca de 600.000 crianças, nasceram em outros continentes.

Se no caso da Ásia esse fenômeno se explica pelo tamanho da população, que representa 60% da humanidade, na África, que sempre registrou números de gêmeos maior que no resto do mundo, a explicação também está ligada à taxa de natalidade, superior ao restante do planeta.

Mas o que poderia ser visto como uma boa notícia por alguns, preocupa os cientistas, aponta a imprensa francesa. “Quase sempre esses bebês nascem abaixo do peso, prematuros, e com mais complicações na hora do parto, resultando em uma taxa de mortalidade maior que as demais crianças”, frisa o texto da revista francesa Paris Match. Além disso, não se deve esquecer a dificuldade que representa para os pais cuidar de dois bebês que vem ao mundo simultaneamente.  

 

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