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Corpo de franco-israelense sequestrado em festival de música é repatriado de Gaza para Israel

O exército de Israel anunciou sexta-feira (15) que recolheu na Faixa de Gaza e trouxe de volta a Israel os restos mortais do franco-israelense Elya Toledano, 28 anos, que foi feito refém pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro. Os ataques israelenses na última madrugada contra a Faixa de Gaza deixaram dezenas de mortos e feridos em Kham Yunes, segundo o ministério da Saúde do Hamas.

Israel anuncia que recuperou os restos mortais de um refém franco-israelense, Elya Toledano, na foto, último a direita.
Israel anuncia que recuperou os restos mortais de um refém franco-israelense, Elya Toledano, na foto, último a direita. AP - Michel Euler
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Elya Toledano foi sequestrado na manhã de 7 de outubro durante o festival de música “Tribe of Nova”, do qual participava com sua amiga Mia Shem, uma franco-israelense que foi libertada como parte de um acordo de trégua no final de novembro.

“Durante a operação em Gaza, o corpo do refém Elya Toledano (28 anos) foi recuperado pelas forças especiais do exército e repatriado para Israel”, afirmou o exército israelense num comunicado, especificando que os médicos forenses identificaram corretamente os restos mortais.

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, expressou no X (ex-Twitter) a sua “imensa tristeza” pelo anúncio da morte de Elya Toledano. "Compartilhamos a dor de sua família e entes queridos. A libertação de todos os reféns é nossa prioridade", acrescentou.

As famílias dos reféns indicaram nas últimas semanas que desconheciam o destino de Elya Toledano, inclusive se ele ainda estava vivo ou não.

“O exército israelense apresenta as suas sinceras condolências à família”, acrescentou Colonna no comunicado, garantindo que os familiares do jovem foram informados da descoberta do corpo antes da declaração pública.

Israel declarou guerra ao Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, em retaliação ao ataque perpetrado em 7 de outubro pelo movimento islâmico palestiniano, que deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades. As forças israelenses mataram mais de 17 mil palestinos desde então, incluindo mais de 7 mil crianças, segundo fontes palestinas. 

Cerca de 250 pessoas também foram sequestradas e levadas para Gaza no dia do ataque, cerca de 135 das quais, segundo os militares, permanecem nas mãos do Hamas e de grupos afiliados, após a libertação de 105 reféns durante uma trégua de sete dias que terminou em 1º de dezembro. 

As famílias dos reféns também se disseram “chocadas” esta semana com o anúncio do diretor da Mossad (o serviço de inteligência estrangeiro israelense) da recusa em realizar novas negociações para libertá-los e exigiram explicações às autoridades.

Israel acirra ataques

Israel aumentou a intensidade dos ataques aéreos na Faixa de Gaza na sexta-feira (15), alertando que a guerra contra o Hamas provavelmente se estenderá por vários meses. Paralelamente, o aliado norte-americano pede a Israel que reduza a intensidade dos ataques para proteger os civis.

O ministério da Saúde do Hamas relatou “dezenas de mortos e feridos” em ataques aéreos nesta sexta-feira em Khan Younes, o novo epicentro da guerra no sul da Faixa de Gaza.

Na quinta-feira à noite, os militares israelenses relataram “combates” no terreno na região de Choujaya (norte), onde o seu exército sofreu as maiores perdas no início desta semana (10 soldados mortos num dia) desde o início da sua ofensiva.

“Haverá batalhas mais difíceis nos próximos dias”, alertou Daniel Hagari, porta-voz do exército israelense, afirmando que iriam utilizar “novos métodos de combate”, como a colocação de cargas explosivas em locais frequentados por combatentes do Hamas e a escolha do“ momento certo” para detoná-los.

Em Gaza, durante a noite, as telecomunicações continuaram novamente cortadas, segundo a operadora palestiniana Paltel, atribuindo este corte “à contínua agressão” das forças israelenses.

(RFI com agências)

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