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Hezbollah cometerá 'maior erro de sua vida' se entrar em guerra contra Israel, ameaça Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netenayahu, advertiu o Hezzbollah do Líbano neste domingo (22) que o grupo "cometeria o erro de sua vida" se decidisse entrar em guerra contra Israel. "Isso fará com que eles se arrependam da segunda guerra libanesa [em 2006]... Atacaremos com um poder que eles não podem imaginar e que será devastador para o Estado do Líbano", ameaçou Netanyahu, durante uma visita às tropas no norte do país.

O primeiro-ministro israelense Benyamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelense Benyamin Netanyahu. REUTERS - REMO CASILLI
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O exército israelense acusou o Hezbollah neste domingo (22) de buscar uma escalada militar com o risco de arrastar o Líbano para uma guerra, depois de novos confrontos na fronteira, onde as tensões estão em alta desde o ataque do Hamas palestino a Israel, em 7 de outubro.

"O Hezbollah está atacando e arrastando o Líbano para uma guerra da qual não ganhará nada, mas na qual corre o risco de perder muito", alertou o porta-voz do governo israelense, Jonathan Conricus, no X (antigo Twitter).

A última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006, resultou em 1.200 mortes do lado libanês, a maioria civis, e 160 do lado israelense, a maioria soldados. A comunidade internacional teme que a guerra entre o Hamas e Israel possa transbordar e que o Hezbollah, aliado do movimento islâmico palestino Hamas, possa se envolver ainda mais no conflito.

O exército israelense está em alerta máximo em sua fronteira norte com o Líbano desde 7 de outubro. Os dois países estão tecnicamente em estado de guerra, e a área de fronteira no sul do Líbano é um reduto do Hezbollah, que tem uma força de ataque militar muito grande.

Os confrontos entre as fronteiras nesse fim de semana resultaram na morte de seis combatentes do Hezbollah e de um membro do jihad islâmico Palestina no Líbano, enquanto três soldados israelenses ficaram feridos, um deles gravemente, bem como dois trabalhadores agrícolas.

Desde 7 de outubro, 29 pessoas morreram no lado libanês, a maioria combatentes, mas também civis, incluindo um jornalista da Reuters. O exército israelense relatou quatro mortes, incluindo três soldados.

Evacuações

"O Estado libanês está realmente preparado para colocar em risco o que resta da prosperidade e soberania libanesas? Essa é uma pergunta que as autoridades libanesas devem responder", ameaçou o porta-voz israelense Jonathan Conricus neste domingo.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse neste domingo que "contatos diplomáticos estavam sendo feitos em nível internacional e no mundo árabe, bem como reuniões locais para pôr fim aos ataques israelenses ao Líbano" e para evitar que o "conflito em Gaza se espalhasse pelo território libanês".

"Os amigos do Líbano continuam a fazer todos os esforços para restaurar a situação ao normal", disse Mikati em um comunicado, embora tenha se referido a um plano de intervenção de emergência que está sendo elaborado como uma "medida de precaução".

No sábado (21), o número dois do Hezbollah, Sheikh Naïm Qassem, novamente brandiu a ameaça de escalada. No domingo, o Irã alertou Israel e os Estados Unidos de que a situação corria o risco de se tornar "incontrolável".

A agência de notícias oficial libanesa ANI relatou sobrevoos israelenses no sul do Líbano na manhã deste domingo, acrescentando que Israel estava bombardeando áreas de fronteira.

A agência já havia relatado ataques israelenses na fronteira na noite de sábado e disse que um drone israelense havia disparado um míssil contra a região libanesa de Jezzine, a mais de 15 quilômetros da fronteira.

Na manhã de domingo, o exército israelense disse que havia impedido o disparo de "mísseis antitanque" em direção a Avivim, um vilarejo agrícola na fronteira, e depois informou que um tanque israelense havia sido atingido por um míssil antitanque "no setor de Har Dov", na área disputada da fronteira de Shebaa Farms. "Em resposta, o tanque abriu fogo na direção da célula militar", acrescentou, sem mencionar quaisquer baixas ou danos do lado israelense.

O Ministério da Defesa de Israel também anunciou a evacuação de mais quatorze comunidades na área de fronteira, das quais muitos moradores já fugiram. Vários milhares de libaneses também fugiram das regiões de fronteira para se refugiarem mais ao norte, na cidade de Tiro, ao sul.

(Com AFP)

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