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Hamas-Israel: FAB prepara seis aviões para retirar brasileiros das áreas de conflito

O governo federal tem pelo menos seis aviões prontos para repatriar, nos próximos dias, os brasileiros que desejem sair da região de conflito entre Israel e o Hamas, informou a Força Aérea neste domingo (08). Cerca de mil pessoas - 600 em Israel e quase 400 em Gaza - morreram em dois dias de guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que capturou uma centena de israelenses em uma ofensiva que pegou o Estado judeu de surpresa no sábado.  

Posto policial atacado por atiradores do Hamas em Sderot, sul de Israel (8/10/23).
Posto policial atacado por atiradores do Hamas em Sderot, sul de Israel (8/10/23). REUTERS - RONEN ZVULUN
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"Estamos com seis aeronaves prontas", algumas com capacidade para até 230 passageiros, disse o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, a jornalistas em Brasília.

O objetivo da missão é "trazer todos os brasileiros que estão na região, que desejarem" sair, acrescentou o chefe da força, após uma reunião com representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Defesa e da Presidência.

Vários brasileiros deixam a região em voos comerciais, informou Damasceno, e os primeiros voos do governo podem se concretizar entre segunda (09) e terça-feira (10).

O Ministério das Relações Exteriores estima que 14.000 brasileiros residam em Israel e 6.000 nos territórios palestinos, "a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques", de acordo com um comunicado emitido no sábado.

Questionado pela AFP, o ministério ainda não respondeu se há brasileiros feridos ou desaparecidos.

Lula condena

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se recuperando de uma cirurgia de quadril realizada há dez dias, condenou os "ataques terroristas realizados contra civis em Israel" em suas redes sociais no sábado.

Israel foi surpreendida na manhã deste sábado, após o lançamento da operação “Al-Aqsa Flood” pelo braço armado do Hamas. Israel então lançou a Operação Espada de Ferro em resposta. "É um momento decisivo, na medida em que o Hamas, hoje, se posiciona como o único interlocutor, obviamente, querendo uma certa legitimidade popular palestina", disse  Hasni Abidi, diretor do CERMAM, Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Mundo Árabe e Mediterrâneo, em entrevista à RFI. 

"Pela primeira vez um movimento palestino entra no sul de Israel, algo que mesmo os Estados árabes nunca fizeram", diz Abidi. "O terceiro elemento é que este ataque massivo e surpresa, em última análise, mostra a fragilidade e a vulnerabilidade do sistema de segurança israelense."

A quantidade de mortos já chega a cerca de mil desde o início da ofensiva surpresa do grupo islâmico Hamas contra Israel no sábado.

O governo israelense relatou neste domingo mais de 600 mortes e mais de 100 pessoas "presas" pelo movimento palestino.

 As autoridades no enclave palestino, por outro lado, relataram pelo menos 370 pessoas mortas na Faixa de Gaza em dois dias de bombardeios israelenses ordenados após a ofensiva do Hamas.

O Conselho de Segurança da ONU realizará neste domingo uma reunião de emergência sobre a situação no Oriente Médio - convocada pelo Brasil, que exerce a presidência do órgão neste mês.

(com AFP)

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