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Conflito Israel-Hamas: França, Alemanha e Reino Unido reforçam segurança em locais judaicos

A guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas levou a manifestações pró-palestinas no Oriente Médio e a um reforço das medidas de segurança em torno de locais judaicos na França, Alemanha e Reino Unido neste domingo (8).

Famílias palestinas aguardam na rua após deixarem suas casas ao receberem alertas do exército israelense na Cidade de Gaza (8/10/23).
Famílias palestinas aguardam na rua após deixarem suas casas ao receberem alertas do exército israelense na Cidade de Gaza (8/10/23). AFP - MOHAMMED ABED
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O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, anunciou um reforço da segurança em torno dos locais de culto e das escolas judaicas, embora tenha esclarecido que neste momento "não há ameaças".

Na Alemanha, o governo reforçou a segurança em torno dos edifícios da comunidade judaica e da representação israelense, informou a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, no jornal Bild.

As autoridades também monitoram "muito de perto possíveis simpatizantes do Hamas na esfera islâmica", afirmou a ministra.

A polícia de Berlim, por sua vez, relatou "pessoas comemorando os ataques contra Israel distribuindo doces na Sonnenallee", uma avenida localizada em um bairro com uma grande comunidade muçulmana.

Horas antes, o premiê alemão, Olaf Scholz, causou polêmica ao declarar que Israel tinha o direito de se defender de “ataques bárbaros” e “proteger seus cidadãos e perseguir os atacantes”. Neste domingo, a coalizão de centro esquerda de Scholz sofreu pesadas derrotas em eleições regionais, com nítido avanço da extrema direita, segundo pesquisas de boca de urna.    

A polícia de Londres aumentou neste domingo a presença das suas patrulhas em alguns bairros, depois de terem ocorrido "incidentes" ligados à guerra entre Israel e o Hamas.

O ministério do Interior apelou à "tolerância zero" contra "a exaltação do terrorismo".

O ministro britânico da Imigração, Robert Jenrick, compartilhou um vídeo no X (antigo Twitter) em que pessoas são vistas agitando bandeiras palestinas nas ruas e buzinando em veículos. 

Manifestações pró-palestinas   

A guerra entre Israel e o Hamas levou a manifestações pró-palestinas neste fim de semana na Turquia, Iraque, Irã, Síria, Líbano e Iêmen.  

Centenas de pessoas protestaram em várias cidades da República Islâmica, incluindo Teerã, com bandeiras palestinas e fogos de artifício, segundo imagens da agência oficial IRNA.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou neste domingo que apoia "a defesa legítima da nação palestina" e disse que Israel deve "ser responsabilizado" pela situação.

Em Teerã, grandes cartazes diziam que "a grande operação de libertação começou". Bandeiras israelenses também foram queimadas no protesto.  

No Líbano, o Hezbollah organizou uma manifestação no sul de Beirute para apoiar a ofensiva do Hamas. "Morte a Israel", gritavam no protesto.

Um alto funcionário do movimento libanês, Hachem Safieddin, prestou homenagem aos "heróis de Gaza" e afirmou que "chegou a hora da vingança".  

Em Damasco, grupos de jovens distribuíram bolos aos carros em uma praça central em sinal de alegria. 

Milhares de turcos participaram de um protesto em Istambul em apoio aos palestinos.

"O povo palestino está apenas defendendo a sua pátria, isso não tem nada a ver com terrorismo", disse à AFP Sahin Ocal, 54 anos, um dos organizadores da manifestação.  

Houve também manifestações pró-palestinas em Sanaa, capital do Iêmen, onde foram queimadas bandeiras israelenses e americanas.

As milícias huthis, apoiadas pelo Irã e que controlam a cidade, gritavam "Morte aos Estados Unidos, morte a Israel".  

Uma manifestação pró-palestina está planejada na cidade sagrada xiita de Karbala.

No sábado, centenas de manifestantes reuniram-se na capital Bagdá para celebrar a ofensiva do Hamas. Alguns dos participantes pisotearam e queimaram bandeiras israelenses e gritaram "não aos Estados Unidos, não a Israel".

(com AFP)

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