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Presidente chinês quer fortalecer “antiterrorismo” em Xinjiang, região do povo uigur

O presidente chinês, Xi Jinping, visitou Xinjiang no sábado (26), elogiando a “estabilidade social duramente conquistada”. A região, majoritariamente habitada pela minoria uigur, é há muito abalada por ataques, onde Pequim realizou uma vasta repressão em nome do antiterrorismo nos últimos anos.

Сі Цзіньпін - керівник КНР
Сі Цзіньпін - керівник КНР AP - Leah Millis
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Esta é a segunda viagem do presidente chinês desde julho de 2022 a esta zona do noroeste do país com 26 milhões de habitantes, na sua larga maioria membros do povo uigures, majoritariamente muçulmanos, alvos da campanha de repressão e vítima de violações dos direitos humanos como outras minorias muçulmanas, segundo estudos ocidentais. A visita em 2022 quebrou uma ausência de visitas desde anterior em 2014.

Segundo a televisão estatal CCTV, Xi Jinping “sublinhou que a prioridade é acima de tudo manter a estabilidade social” e “usar essa estabilidade para garantir o desenvolvimento” desta região autônoma, durante um discurso em Urumqi, a capital regional.

Xi Jinping insistiu na “necessidade de combinar o desenvolvimento da luta contra o terrorismo e o separatismo com a normalização da estabilidade social e o respeito pela lei”.

Finalmente, apelou às autoridades locais para "promoverem mais profundamente uma 'sinicização' do islamismo e controlarem eficazmente as atividades religiosas ilegais".

Campanha contra o "terrorismo islâmico"

De acordo com especialistas ocidentais e organizações de direitos humanos, a campanha contra o "terrorismo islâmico" lançada em meados da década de 2010 resultou em prisões em massa de uigures e outras minorias muçulmanas, na detenção em "campos de reeducação", em trabalhos forçados e em esterilizações forçadas, em particular.

A China nega todas essas acusações. Enquanto Pequim nega a existência de campos e fala de “centros de formação profissional” para erradicar o extremismo.

Os Estados Unidos acusam os chineses de “genocídio”, assim como os parlamentos de vários países ocidentais. Um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no ano passado levantou a possibilidade de crimes “contra a humanidade” e relatou “evidências credíveis” de tortura e violência sexual.

Os uigures, que eram largamente maioritários quando a República Popular da China foi criada em 1949, representam atualmente apenas 45% da população da região, enquanto os han, o grupo étnico maioritário chinês, caíram de 200 mil para cerca de 10 milhões, ou seja, uma redução de 41%.

(Com AFP)

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