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Mais de 300 personalidades francesas lançam apelo por ajuda humanitária a mulheres afegãs

Mais de 300 personalidades francesas lançaram um apelo às autoridades do país para criar um "programa de recepção humanitária de emergência" para mulheres afegãs. O pedido foi feito em um artigo publicado nesta sexta-feira (21) no jornal Le Monde

A afegã Shabnam durante uma manifestação pelos direitos das mulheres em Cabul.
A afegã Shabnam durante uma manifestação pelos direitos das mulheres em Cabul. © RFI Persan
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Os jornalistas, acadêmicos e feministas francesas, além dos especialistas afegãos que assinaram o apelo, lançado pela associação France Terre d'asile, pedem a criação de ajuda humanitária nos países limítrofes do Afeganistão para as mulheres que fogem do regime do Talibã, a aceleração da emissão de vistos para recebê-las no território francês, e a criação de um sistema de recepção reforçado na chegada delas à França.

"Desde a queda de Cabul, a França tem recebido em seu solo vários milhares de afegãos, ex-colaboradores das autoridades francesas ou defensores dos direitos humanos. Entretanto, notamos que este programa está agora ficando sem força e não podemos aceitar que a França acredite já ter cumprido seu papel", argumentam.

"Nós pedimos à França que implemente a diplomacia feminista que ela afirma conduzir", disse Delphine Rouilleault, diretora-geral da France Terre d'Asile à AFP, acrescentando que "implementar a diplomacia feminista hoje significa pensar em maneiras de proteger as meninas e as mulheres que fogem da ditadura".

Proibição de trabalhar e estudar

Poucas mulheres afegãs seguem o perigoso caminho para a Europa, apesar de serem alvo de leis repressivas em seu país, que as "proíbem de trabalhar e estudar".

Durante as evacuações de 2021, "as mulheres, especialmente aquelas que estavam sozinhas e não tinham as habilidades necessárias, foram deixadas para trás", aponta o texto.

As últimas iniciativas para evacuar estas mulheres ameaçadas foram realizadas "de forma fragmentada" e "muitas vezes à força", por jornalistas, pesquisadores e organizações, acrescenta a tribuna, assinada por personalidades como a artista Agnès Jaoui, a autora Virginie Despentes e a estilista Agnès B.

Em setembro de 2021, os eurodeputados já haviam solicitado um programa especial de vistos para as mulheres afegãs. Este pedido ainda não foi atendido.

Com informações da AFP

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