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Vaticano: Mulheres farão parte pela primeira vez do comitê que escolhe os bispos no mundo

O papa Francisco nomeou três mulheres para integrar o Dicastério que participa da escolha dos bispos. Até então esse departamento da Igreja Católica era ocupado apenas por homens.

O papa Francisco não esconde sua vontade de abertura de cargos no alto escalão para as mulheres no Vaticano (imagem ilustrativa)
O papa Francisco não esconde sua vontade de abertura de cargos no alto escalão para as mulheres no Vaticano (imagem ilustrativa) AP - Andrew Medichini
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A nomeação confirma uma declaração feita pelo sumo pontífice no início do mês, quando o papa mencionou sua vontade de ter mais mulheres em cargos de alto escalão na Santa Sé. Duas religiosas e uma laica integrarão o Dicastério para os Bispos, uma das nove congregações da Cúria Romana, encarregada, entre outras coisas, da nomeação dos bispos.

Entre as novas participantes do órgão estão a irmã italiana Raffaella Petrini, que já atuava como secretária geral do Governorato do Estado da Cidade do Vaticano, cargo que ela também foi a primeira mulher a ocupar. O outro nome escolhido foi o da freira francesa Yvonne Reungoat, ex-madre superiora geral das Filhas de Maria Auxiliadora e uma das sete primeiras mulheres nomeadas em 2019 membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, segundo departamento mais importante da Cúria Romana. Já a terceira escolhida foi Maria Lia Zervino, presidente da União mundial das organizações femininas católicas.

Desde o início do pontificado, em 2013, o papa argentino não esconde sua vontade de abertura da Igreja às mulheres. Em 2016, ele criou uma comissão para estudar a possível participação feminina como diáconos. O objetivo era abrir para as religiosas a possibilidade de ocupar esse posto, onde seriam autorizadas a pronunciar sermões nas missas, celebrar batizados, casamentos e funerais. Na época, o resultado do estudo apontou divergências e o sumo pontífice não conseguiu avançar no projeto.

Mas gradualmente as mulheres foram assumindo outros cargos na instituição. Em 2020, um ano após a entrada delas na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, uma laica, Francesca Di Giovanni, foi escolhida para ser a vice-ministra encarregada do multilateralismo na Secretaria de Estado. Em 2021, o sumo pontífice nomeou outra mulher, a freira francesa Natalie Becquart, ao cargo de subsecretária do sínodo dos bispos, uma função que já dava direito de voto nessa instituição que corresponde ao Parlamento da Igreja Católica.  

Também fazem parte dos cargos importantes da instituição Barbara Jatta, a primeira diretora dos Museus Vaticanos, Linda Ghisoni e Gabriella Gambino, ambas subsecretárias no Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, a professora Emilce Cuda, secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, Nataša Govekar, diretora da Direção teológica-pastoral do Dicastério para a Comunicação, e Cristiane Murray, vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé.

(Com informações da AFP e do Vaticano)

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