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Guerra na Ucrânia: Kiev anuncia novo toque de recolher e Mariupol avança na retirada de civis

Um novo toque de recolher será novamente adotado em Kiev na noite deste sábado (26) até a manhã de segunda-feira, anunciou o prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitschko. Algumas horas após este anúncio, o prefeito de Kiev voltou atrás e fez um outro anúncio: "Novas informações do comando militar: o toque de recolher em Kiev e na região não entrará em vigor amanhã (domingo)", disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko, no Telegram.

Moradores sentam-se em um banco perto de um edifício residencial destruído pela guerra na cidade portuária sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, em 25 de março de 2022.
Moradores sentam-se em um banco perto de um edifício residencial destruído pela guerra na cidade portuária sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, em 25 de março de 2022. REUTERS - ALEXANDER ERMOCHENKO
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O agora habitual toque de recolher, em vigor das 20h00 às 7h00, será aplicado e "poderemos circular livremente em Kiev no domingo durante o dia ", disse ele, sem explicar os motivos da mudança.

Já o prefeito da cidade ucraniana de Mariupol, sitiada pela Rússia, disse neste sábado que discutiu com o embaixador francês na Ucrânia as várias possibilidades de retirada dos civis, um dia após o anúncio feito pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Em rede nacional, o prefeito de Mariupol, Vadim Boitchenko, ressaltou que a situação na cidade continua crítica, com combates nas ruas que ocorrem principalmente no centro da cidade.

O presidente francês disse na sexta-feira (25) que uma "operação humanitária excepcional" está sendo preparada, em conjunto com a Turquia e a Grécia, para retirar os moradores.

De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, mais de 100.000 pessoas ainda precisam ser retiradas de Mariupol, disse a premiê à televisão nacional, neste sábado.

Cidade onde moram funcionários de Chernobyl é tomada pelos russos

O exército russo assumiu o controle da cidade de Slavoutitch, onde residem os funcionários da usina de Chernobyl, prendendo o prefeito e provocando manifestações pró-ucranianas, disseram autoridades regionais neste sábado (26).

"Os ocupantes russos invadiram Slavoutitch e ocuparam o hospital municipal", escreveu no Telegram a administração militar da região de Kiev, que inclui a cidade de 25.000 habitantes 160 km ao norte da capital, construída após o acidente de Chernobyl em 1986.

Moradores de Slavutitch saíram às ruas abrindo uma enorme bandeira azul e amarela ucraniana e se dirigiram para o hospital, disseram autoridades regionais, acrescentando que as forças russas estavam atirando para o ar e lançando granadas de efeito moral na rua.

A administração regional postou imagens em sua conta do Telegram mostrando dezenas de pessoas reunidas em torno da bandeira ucraniana cantando "Glória à Ucrânia".

"De acordo com as últimas informações, o prefeito da cidade, Yuri Fomichev, foi capturado", disse a administração.

A usina de Chernobyl foi tomada pelo exército russo em 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão da Ucrânia.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) expressou sua "preocupação" na quinta-feira (24), depois de ser informada pelas autoridades ucranianas dos bombardeios em Slavoutitch.

(Com AFP e Reuters)

*Este texto foi atualizado após novos anúncios do prefeito de Kiev no Telegram

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