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Polo tecnológico chinês de Shenzen relaxa restrições sanitárias ligadas à Covid

A metrópole tecnológica de Shenzhen, na região sudeste da China, suspendeu parcialmente nesta sexta-feira (18) as restrições impostas por um surto de Covid, especialmente no porto da cidade, vital para a economia nacional.

Os residentes coletam mercadorias compradas em um bairro fechado em Shenzhen, província de Guangdong, no sul da China, na terça-feira, 15 de março de 2022.
Os residentes coletam mercadorias compradas em um bairro fechado em Shenzhen, província de Guangdong, no sul da China, na terça-feira, 15 de março de 2022. AP
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A decisão da prefeitura da cidade de 17,5 milhões de habitantes, próxima de Hong Kong, foi anunciada depois que o presidente Xi Jinping enfatizou, na véspera, a necessidade de "minimizar o impacto" das medidas anticovid para a economia chinesa.

Shenzhen, sede de milhares de fábricas de gigantes do setor de tecnologia, decretou no domingo um lockdown total após a detecção de casos de Covid vinculados ao surto pandêmico em Hong Kong, com milhares de casos diários.

Os transportes públicos podem retomar os serviços, assim como o governo e as atividades econômicas, em cinco distritos da cidade, informou a prefeitura na quinta-feira (17) à noite.

A transmissão do coronavírus foi contida nas cinco áreas, que representam quase metade do grande território da cidade, anunciou a prefeitura.

Entre os distritos envolvidos está o de Yantian, que tem um dos maiores portos do mundo, pelo qual transitam 10,5% dos contêineres usados no comércio exterior chinês.

Uma visão geral mostra uma ponte temporária de Shenzhen para Hong Kong para o transporte de materiais e trabalhadores para a construção de uma instalação de isolamento contra o coronavírus (COVID-19) em Lok Ma Chau, durante a pandemia COVID-19 em Hong Kong, China, 9 de março de 2022.
Uma visão geral mostra uma ponte temporária de Shenzhen para Hong Kong para o transporte de materiais e trabalhadores para a construção de uma instalação de isolamento contra o coronavírus (COVID-19) em Lok Ma Chau, durante a pandemia COVID-19 em Hong Kong, China, 9 de março de 2022. REUTERS - TYRONE SIU

Covid zero

A rápida flexibilização das restrições, em menos de uma semana, demonstra a preocupação das autoridades com as consequências econômicas da estratégia "Covid zero", aplicada há dois anos.

O presidente Xi Jinping ordenou, na quinta-feira, a manutenção da política para "frear o mais rápido possível a propagação da epidemia", que registra o nível mais elevado de contágios na China desde a primeira onda, iniciada no fim de 2019.

Mas ele também destacou a necessidade de "minimizar o impacto da epidemia no desenvolvimento econômico e social", algo que levou Pequim a estabelecer o menor objetivo de crescimento anual em 30 anos (5,5%).

Graças à drástica estratégia sanitária, a China tem um balanço oficial de 125.000 contágios e menos de 5.000 mortes provocadas pela Covid-19. O último óbito registrado pela doença aconteceu em janeiro de 2021.

Mas a variante ômicron coloca em perigo o sucesso da estratégia. Nesta sexta-feira, as autoridades anunciaram 4.365 casos em todo o país, 105 deles em Shenzhen.

Quase 60% dos novos casos foram registrados na província de Jilin (nordeste), na fronteira com a Coreia do Norte.

Ilha de Samoa fecha fronteiras

Samoa, um pequeno país insular de 200.000 habitantes no Pacífico, fechou as fronteiras em preparação para o primeiro confinamento nacional após registrar o primeiro contágio local de Covid-19 em mais de dois anos de pandemia.

O governo emitiu uma ordem de emergência que suspende todas as viagens marítimas e aéreas após a detecção de um caso positivo na quinta-feira na ilha de Upolu, uma mulher de 29 anos que fez um teste de rotina antes de viajar para Fiji.

O arquipélago havia registrado, até o momento, 48 casos de Covid-19, mas todos importados, sendo um dos poucos lugares do mundo que havia evitado contágios locais.

A primeira-ministra Fiame Naomi Mata'afa ordenou, na quinta-feira, um confinamento de pelo menos quatro dias, durante os quais as reuniões públicas serão proibidas e as escolas, igrejas e outros serviços não essenciais permanecerão fechados.

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