Ucrânia: civis continuam na mira de bombardeios russos
Os civis são vítimas cada vez mais numerosos do conflito na Ucrânia, segundo o Libération desta segunda-feira (7). As cidades de Kiev e Kharkiv continuam sob intenso bombardeio, enquanto o corredor humano em Mariupol não resistiu aos ataques.
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“A menos que haja um cessar-fogo, as pessoas não vão poder sair de suas casas", declarou no domingo (6) pela televisão o comandante militar de Kiev, Oleksiy Kuleba.
O corredor humano para retirada de civis e a entrada de ajuda humanitária a Mariupol, no sul, teve de ser interrompido por causa de bombardeios, apesar de um acordo de cessar-fogo entre russos e ucranianos.
A reportagem de Libération mostra também que a repressão não desanima os manifestantes russos que são contra a guerra. Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, cerca de 13.000 manifestantes já foram presos na Rússia.
Le Figaro destaca “a guerra patriótica do ex-presidente Petro Porochenko”, que, em vestimenta militar, supervisiona a retirada de civis de Kiev. Aos jornalistas estrangeiros, Porochenko repete a demanda do atual presidente Volodymyr Zelensky por uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para retirada de civis.
A sede do partido do milionário Porochenko, derrotado por Zelensky nas últimas eleições, se transformou em quartel-general militar. O ex-presidente inclusive formou e apadrinhou um batalhão da defesa territorial, que ele financia de forma quase profissional, relata Le Figaro.
O jornal Les Echos fala sobre o plano de autonomia e resiliência econômica que está sendo preparado pela Europa. “O choque econômico será forte, com repercussões duráveis”, prevê o diário econômico.
Bruxelas já está estudando novas ajudas de Estado, usando a mesma lógica de mutualização empregada durante a crise da Covid.
O jornal católico La Croix fala sobre uma nova lei russa que penaliza jornalistas que divulguem notícias que possam “desacreditar” as forças armadas do país. Com isso, muitos meios de comunição russos e estrangeiros baseados em Moscou “suspenderam suas atividades e se tornaram invisíveis”.
Dezenas de correspondentes estrangeiros baseados em Moscou temem penas de prisão pesadas pelo simples fato de informar sobre a situação na Rússia. Especialistas temem que nenhum canal independente possa sobreviver no país, mesmo o respeitado Novaïa Gazeta, cujo editor-chefe ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2021.
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