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Princesa que criticou "abusos" é libertada após cumprir 3 anos de prisão na Arábia Saudita

As autoridades sauditas libertaram uma princesa e sua filha, detidas sem acusações por quase três anos na capital Riad, informou uma organização de direitos humanos neste sábado (8). Basmah bin Saud é conhecida por suas posições críticas aos "abusos" cometidos na Arábia Saudita e há muito é vista como uma defensora dos direitos das mulheres e de uma monarquia constitucional no Golfo.

A princesa Basmah bint Saud, vista nesta foto de arquivo tirada em 12 de abril de 2017, há muito é vista como uma defensora dos direitos das mulheres e de uma monarquia constitucional.
A princesa Basmah bint Saud, vista nesta foto de arquivo tirada em 12 de abril de 2017, há muito é vista como uma defensora dos direitos das mulheres e de uma monarquia constitucional. Mandel NGAN AFP/File
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Basmah bin Saud, princesa e empresária de 57 anos, foi presa em março de 2019 e em abril de 2020 implorou ao rei saudita Salman e ao príncipe herdeiro Mohamed bin Salman que a libertassem por motivos de saúde.

A princesa "e sua filha Suhud [...] foram libertadas", disse a organização ALQST de Direitos Humanos no Twitter. "Ela não recebeu o atendimento médico de que precisava contra condições potencialmente fatais", disse a organização. "Em nenhum momento durante sua detenção foram feitas acusações contra ela", acrescentou a nota oficial da Ong. As autoridades sauditas não comentaram o caso.

A princesa Basmah foi detida pouco antes de uma viagem à Suíça para tratamento médico, segundo uma fonte próxima à família. 

"Reformista"

O príncipe Mohamed bin Salman é considerado "reformista" desde que foi nomeado por seu pai, o rei Salman, em junho de 2017. Desde então, ele ordenou várias reformas, como permitir que as mulheres dirijam ou diminuir as regras que dão aos homens autoridade sobre as mulheres em suas famílias.

Mas as autoridades sauditas também fizeram campanha contra os críticos do poder e oponentes em potencial, de religiosos a ativistas pelos direitos das mulheres, mesmo quando se trata de membros da família real, como no caso da princesa Basmah bin Saud, que estava detida na prisão de Al Hair, onde se encontram vários prisioneiros políticos.

Em depoimento escrito enviado às Nações Unidas em 2020, sua família afirmou que a princesa havia sido detida em grande parte por causa de suas "críticas abertas aos abusos" cometidos na Arábia Saudita.

Em março de 2020, a guarda real prendeu o irmão e sobrinho do rei Salman, acusado de ter fomentado um golpe contra o príncipe herdeiro, segundo várias fontes.

(Com AFP)

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