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Kamala Harris denuncia intimidações de Pequim no Mar da China Meridional

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, acusou nesta terça-feira (24) Pequim de coerção e intimidação no disputado Mar da China Meridional, buscando o apoio de seus aliados no sudeste asiático  para enfrentar a China.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, durante um discurso realizado em Cingapura na segunda-feira. 23/08/2021
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, durante um discurso realizado em Cingapura na segunda-feira. 23/08/2021 EVELYN HOCKSTEIN POOL/AFP
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"Pequim continua a coagir, intimidar e reivindicar a grande maioria do Mar da China Meridional", acusou Harris em um discurso em Cingapura, no qual expôs as metas de política externa de seu governo para a Ásia. A vice-presidente acrescentou que "as ações de Pequim continuam minando a ordem e ameaçando a soberania das nações. Os Estados Unidos apoiam nossos aliados e parceiros diante dessas ameaças". Ela prometeu "um compromisso duradouro" de Washington na Ásia.

Harris também defendeu a escolha do presidente Joe Biden de dar sequência à retirada de tropas do Afeganistão, chamando a polêmica decisão de uma decisão "corajosa e correta". Ela argumentou que as autoridades americanas estão "completamente focadas" na caótica evacuação do aeroporto de Cabul.

Em Cingapura, Harris se reúne com executivos de negócios para discutir, entre outros assuntos, o déficit na produção de microprocessadores que está prejudicando a indústria automotiva. Depois de concluir sua agenda nesta terça, a vice-presidente dos Estados Unidos segue para o Vietnã, onde deve chegar à noite.

Litígio no Mar da China Meridional

A China reivindica quase todo o Mar da China Meridional, uma área marítima com recursos significativos e por onde passa grande parte do comércio mundial. Mas quatro países do sudeste asiático, Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei, bem como Taiwan, têm reivindicações concorrentes de soberania sobre a área.

Pequim é acusada de instalar equipamento militar, como plataformas de lançamento de mísseis, e de ignorar uma decisão judicial internacional de 2016 que considerou a maioria de suas reivindicações infundadas. As tensões pioraram nos últimos meses entre Pequim e os países que contestam essa ambição marítima.

O governo de Manila expressou revolta depois de detectar centenas de navios chineses na Zona Econômica Exclusiva das Filipinas (ZEE), enquanto a Malásia enviou caças para interceptar aviões militares chineses que fizeram uma incursão perto de sua costa.

Em seu giro asiático, Kamala Harris busca dissipar os temores de que as crescentes tensões entre a China e os Estados Unidos forçariam os países estreitamente ligados às duas potências econômicas a escolherem seu lado. 

“Nosso engajamento no sudeste asiático e no Indo-Pacífico não é dirigido contra nenhum país, e não tem como objetivo forçar ninguém a escolher entre os países”, disse ela.

A visita da vice-presidente americana à região segue a do secretário de Defesa, Lloyd Austin, no mês passado, que também criticou severamente as reivindicações chinesas na área disputada. Mas a crise no Afeganistão aumentou as dúvidas sobre a credibilidade do apoio dos EUA a seus parceiros e lançou uma sombra sobre a visita de Harris ao sudeste asiático.

Com informações da AFP

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