EUA defendem retirada "coordenada" de tropas do Afeganistão até setembro
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira (14), em Bruxelas, que chegou o momento de "retirar definitivamente" as tropas da Otan do Afeganistão. A declaração foi dada pouco antes de uma videoconferência com os ministros da Defesa de 30 países, membros da aliança, que atua na região.
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Segundo Blinken, Washington trabalhará para uma saída "coordenada" com seus aliados. "Juntos, alcançamos os objetivos que planejamos alcançar e agora é hora de trazer nossas forças para casa", disse o secretário de Estado americano.
"Vamos trabalhar em conjunto nas próximas semanas e meses em uma retirada segura, decidida e coordenada", disse Blinken. O presidente americano, Joe Biden, espera encerrar a missão no país até o dia 11 de setembro, data em que ocorreram os atentados ao World Trade Center, em 2001.
A ministra alemã da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, declarou que os países que integram a aliança militar deixariam "juntos" e de maneira "coordenada" o território afegão. O governo britânico também anunciou, através de um porta-voz, que a retirada de suas tropas será feita em acordo com os aliados e após consultar os outros países da Otan.
Retirada das tropas pode aumentar violência
Biden já havia declarado que seria difícil manter a meta de 1º de maio prevista no acordo concluído em 2020 pelo ex-presidente Donald Trump com os talibãs, que se irritaram com o atraso.
"Enquanto as forças estrangeiras não terminarem a retirada de nosso país, não participaremos de nenhuma conferência para tomar decisões", escreveu no Twitter o porta-voz do grupo, Mohammad Naeem. Os rebeldes afegãos ameaçaram reagir "na base da força" se a data de 1º de maio fosse desrespeitada.
Apesar do acordo de 2020, os combates entre os talibãs e as forças afegãs cresceram no país. Em uma carta enviada ao presidente afegão, Ashraf Ghani, Antony Blinken preveniu que o governo teria dificuldade de controlar os rebeldes.
As tropas americanas estão presentes no país desde 2001, depois do ataque às torres gêmeas. Entre 2010 e 2011, 100.000 militares atuavam no país. Hoje, restam apenas 2.500 soldados.
(Com informações da AFP)
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