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Kim Jong-un estaria em estado grave após uma cirurgia cardíaca, diz mídia americana

A Coreia do Sul minimizou, nesta terça-feira (21) relatos de que o líder norte-coreano Kim Jong-un havia sido operado recentemente e necessitaria de cuidados especiais, enquanto alguns observadores questionam sua ausência durante as celebrações em Pyongyang na semana passada. 

O líder norte-coreano Kim Jong-un participa de uma reunião do Bureau Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coréia (WPK) nesta imagem divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA), em 11 de abril de 2020.
O líder norte-coreano Kim Jong-un participa de uma reunião do Bureau Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coréia (WPK) nesta imagem divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA), em 11 de abril de 2020. via REUTERS - KCNA
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A Coreia do Norte comemorou o 108º aniversário do nascimento do fundador do regime, Kim Il Sung, que é o avô do atual líder, em 15 de abril. Esta data é de longe a mais importante no calendário político do Norte. Mas Kim Jong-un não foi visto em nenhuma das fotografias divulgadas pela imprensa oficial.

O Daily NK, um meio de comunicação on-line administrado principalmente por norte-coreanos desertados, afirmou que o líder norte-coreano havia sido operado neste mês de abril por problemas cardiovasculares e que estava se recuperando em uma casa na província Phyongan do Norte.

"O motivo do urgente tratamento cardiovascular de Kim foi o fumo excessivo, a obesidade e a fadiga", disse o Daily NK, citando uma fonte norte-coreana não identificada. Esta informação não foi confirmada, mas provocou uma avalanche de especulações.

EUA acompanham estado do líder

Citando uma autoridade americana, a CNN, por sua vez, relata que Washington "está estudando informações", segundo a qual Kim Jong-un está "em sério perigo após uma operação cirúrgica", sem dizer se essa "informação" é de fato o artigo do Daily NK.

Segundo um funcionário do governo americano entrevistado pela CNN, as informações de que o líder norte-coreano está em perigo estão "sendo monitoradas" nos Estados Unidos. De acordo com outro membro do governo americano citado pela Bloomberg, a Casa Branca foi informada do agravamento do estado de saúde de Kim após a operação.

No entanto, duas autoridades sul-coreanas negaram as informações da CNN sem confirmar que ele havia sido submetido intervenção cirúrgica. A Presidência sul-coreana declarou que nenhum sinal incomum foi detectado na Coreia do Norte

"Não temos nada a confirmar e nenhum movimento específico foi detectado na Coreia do Norte", disse em comunicado um porta-voz da Casa Azul, residência oficial da presidência sul-coreana. Algumas autoridades sul-coreanas, no entanto, expressaram dúvidas sobre a credibilidade dos relatórios do Daily NK.

Segredo bem guardado

A cobertura das notícias norte-coreanas é particularmente complicada, principalmente no que diz respeito à vida privada de Kim, que é um dos segredos mais bem guardados do regime.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que gerencia questões intercoreanas, e o Ministério da Defesa se recusaram a comentar.

Moon Chung-in, consultor de segurança do presidente sul-coreano Moon Jae-in, disse à AFP que não ouviu nada de especial sobre a saúde de Kim.

A última vez que a mídia norte-coreana noticiou as atividades de Kim foi em 12 de abril. E não é a primeira vez que sua "ausência" alimenta todo tipo de especulação.

Alguns especialistas pediram, portanto, a máxima cautela.  "Não há confirmação nesta fase e é muito cedo para tirar conclusões sobre seu estado de saúde", disse Ahn Chan-il, um desertor do Norte que se tornou pesquisador em Seul.

Ele observou que uma operação cardíaca envolvia equipamentos médicos de última geração, "encontrados apenas em estabelecimentos de Pyongyang". Seria "irracional" transportá-lo para outro lugar para a operação, segundo Ahn Chan-il.

(Com informações da AFP)

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