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Estados Unidos/Afeganistão

Afeganistão: para Talibãs, anúncio de Trump sobre retomada de diálogo é "precoce"

Os Talibãs reagiram nesta sexta-feira (29) ao anúncio do presidente americano, Donald Trump, sobre a retomada das negociações com o grupo extremista no Afeganistão. Segundo o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, “ainda é muito cedo” para fazer essa afirmação.

Donald Trump, presidente dos EUA, janta com militares norte-americanos no Afeganistão nesta quinta-feira (28)
Donald Trump, presidente dos EUA, janta com militares norte-americanos no Afeganistão nesta quinta-feira (28) REUTERS/Tom Brenner
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De acordo o líder Talibã, a “posição oficial” do grupo será comunicada ainda nesta sexta- feira. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (28), durante uma visita surpresa a uma base americana no Afeganistão, a retomada das negociações com os talibãs, interrompidas em setembro. A viagem de Trump, a primeira ao país, foi mantida em segredo por razões de segurança.

"Os talibãs querem um acordo, estamos nos reunindo com eles. Deve haver um cessar-fogo, eles não queriam, mas agora não descartam a possibilidade", disse Trump à imprensa após se encontrar com o presidente Ashraf Ghani, na base de Bagram. "Ficaremos no país enquanto não houver acordo ou até a vitória total ", destacou Trump. O presidente americano também confirmou sua intenção de reduzir o número de soldados americanos no local para 8.600 militares, contra 14 mil atualmente.

"Ambos os lados enfatizaram que, se o Talibã for sincero em seu desejo de obter um acordo de paz, deve aceitar um cessar-fogo", postou no Twitter o presidente afegão, Ashraf Ghani, após o encontro com o dirigente dos Estados Unidos. "Também insistimos que, para que a paz seja duradoura, devemos acabar com os refúgios terroristas fora do Afeganistão". O presidente Ghani só foi informado sobre a visita de Trump poucas horas antes do seu desembarque no país, segundo a Casa Branca.

No dia 7 de setembro, Trump encerrou as negociações que já duravam mais de um ano com os Talibãs, depois da morte de um soldado americano. Na época, os EUA e o grupo pareciam próximos de um acordo histórico, após 18 anos de conflito no Afeganistão. O pacto previa uma retirada progressiva dos soldados americanos do país em troca de garantias de segurança, uma "redução da violência" e a abertura de negociações diretas entre o Talibã e o governo de Cabul.

Na semana passada, os talibãs libertaram dois reféns, um americano e um australiano, professores da universidade americana em Cabul, em troca da libertação de três líderes talibãs que estavam presos sob custódia das forças afegãs.

Viagem surpresa

O presidente embarcou na noite de quarta-feira (27) da Flórida, passando pela base de Andrews, perto de Washington. Ele chegou a Bagram por volta das 20h30, horário local, mas a notícia da viagem não foi divulgada até pouco antes da decolagem. Os jornalistas que viajabzm no mesmo avião que Trump somente foram informados sobre o destino final duas horas antes do pouso da aeronave no Afeganistão. Dentro da base, todos os movimentos do presidente foram acompanhados por soldados fortemente armados, equipados com óculos de visão noturna.

(Com informações da AFP)

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