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Trump/ Iraque

Trump visita tropas americanas no Iraque pela primeira vez

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou uma visita surpresa às tropas dos EUA no Iraque, nesta quarta-feira (26), para declarar que "os Estados Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo".

O presidente americano Donald Trump faz declarações às tropas dos EUA em uma visita surpresa à Base Aérea de Al Asad, no Iraque. 26 de dezembro de 2018.
O presidente americano Donald Trump faz declarações às tropas dos EUA em uma visita surpresa à Base Aérea de Al Asad, no Iraque. 26 de dezembro de 2018. REUTERS/Jonathan Ernst
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Trump defendeu sua polêmica decisão de retirar as tropas norte-americanas da vizinha Síria, dizendo que não haverá atrasos.

"Não se pode ter mais tempo. Já tivemos tempo suficiente", disse ele a generais.

Trump lembrou durante sua breve visita à Base Aérea de Al-Assad, no oeste do Iraque, que os Estados Unidos têm lutado em guerras de outros países por muito tempo.

"Não é justo quando o peso recai todo sobre nós. Não queremos mais ser explorados por países que nos usam e usam nossos militares incríveis para protegê-los. Eles não pagam por isso e vão ter que pagar".

"Estamos espalhados por todo o mundo. Estamos em países de que a maioria das pessoas nem ouviu falar. Francamente, é ridículo".

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que chegou a controlar amplas zonas na Síria e no Iraque, foi praticamente expulso dos dois países, o que permitirá a retirada dos cerca de 2 mil militares americanos que apoiam combatentes locais no território sírio, segundo o presidente.

Trump também pretende retirar quase a metade dos 14.000 soldados americanos estacionados no Afeganistão, que participam da guerra contra os talibãs.

Primeira visita

Esta foi a primeira visita de Trump às tropas de combate dos EUA no exterior desde sua eleição, em 2016.

Trump pousou às 19H16 do horário local na Base Aérea Al-Assad com Melania, para conversar com os militares de alta patente, após uma viagem mantida em sigilo.

"O presidente Trump e a primeira-dama viajaram para o Iraque na noite de Natal para visitar nossas tropas e o comando militar superior para agradecer-lhes pelo serviço, seu sucesso e seu sacrifício e desejar a eles um feliz Natal", tuitou a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders.

Trata-se de "uma visita surpresa aos nossos corajosos membros do serviço dos EUA atualmente destacados no Iraque", disse a porta-voz de Melania Trump.

Viagens presidenciais para levantar a moral das tropas são uma tradição nos Estados Unidos desde os anos que se seguiram aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Trump recebeu críticas consideráveis por sua recusa até agora a visitar uma zona de guerra.

Além das sessões fotográficas junto com os militares, Trump aproveitou a viagem ao Iraque para explicar com mais detalhes sua decisão de retirar as tropas americanas da Síria e do Afeganistão.

O presidente americano enfrenta uma forte reação de alguns aliados, incluindo a França, e de alguns membros do Partido Republicano por sua decisão de sair da Síria e de reduzir o número de tropas no Afeganistão. Os críticos dizem que ele está sendo perigosamente precipitado.

(Com informações da AFP)

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