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Papa lava pés de 11 jovens refugiados para lembrar Última Ceia

Como manda a tradição, o papa Francisco lavou nesta quinta-feira (24), em Castelnuovo di Porto, a norte de Roma, os pés de 12 pessoas lembrando o ritual que Jesus fez nos apóstolos na Última Ceia, episódio narrado na bíblia. Os escolhidos foram 11 refugiados e um funcionário de um abrigo para migrantes.

Papa reza missa no Vaticano.
Papa reza missa no Vaticano. REUTERS/Stefano Rellandini
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Francisco se ajoelhou diante de cada um, molhou, enxugou e beijou os pés de todos. Foi um gesto “fraternal”, em contraponto aos “atos de guerra e destruição cometidos há poucos dias em uma cidade da Europa”, por “pessoas que não querem viver em paz”, declarou o papa referindo-se aos ataques cometidos em Bruxelas e reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

“Por trás desses atos estão traficantes de armas que querem a guerra, não a fraternidade”, acrescentou Francisco no centro de refugiados improvisado em Castelnuovo di Porto. O local é administrado pelo ministério do Interior e abriga 892 pessoas de 25 países, incluindo 36 mulheres e sete menores.

Os escolhidos para o ritual de Páscoa foram quatro nigerianos católicos, três mulheres coptas da Eritreia, muçulmanos do Mali, Paquistão e Síria, além de um hindu indiano e um funcionário italiano do abrigo. Em anos anteriores, o papa argentino realizou a cerimônia do lava-pés em presidiários e deficientes.

Francisco quis também chamar a atenção para a crise dos refugiados. Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa desde janeiro de 2015, causando a pior crise de refugiados na Europa desde 1945.
 

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