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Egito/Acidente

Caixa-preta de avião russo registrou ruído antes de cair no Sinai

Os investigadores egípcios continuam prudentes e não chegaram até o momento a "nenhuma conclusão" sobre as causas da queda do avião russo no Sinai há uma semana, anunciou neste sábado (7) o chefe da equipe de investigação. No entanto, eles vão ainda analisar um "ruído" registrado por uma das caixas-pretas do Airbus A321 que poderia confirmar a hipótese de um atentado a bomba.

Destroços do Airbus russo que caiu no sábado (31) no Sinai.
Destroços do Airbus russo que caiu no sábado (31) no Sinai. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Durante coletiva à imprensa no Cairo, Ayman el-Mokaddem disse que “é possível ouvir um ruído no último segundo da gravação da caixa-preta", que registra as conversas entre os pilotos no cockpit. O barulho será ainda analisado para determinar sua origem.

O chefe da equipe de investigação, que reúne especialistas egípcios, russos, franceses, alemães e irlandeses, garantiu que os dados registrados até os 23 minutos e 14 segundos, momento da queda do avião, foram recuperados sem problemas. “As primeiras observações não permitem determinar as causas", frisou Ayman el-Mokaddem.

O ministro egípcio das Relações Exteriores, Sameh Chukri, afirmou algumas horas antes que a investigação não permitia no momento apresentar uma explicação conclusiva. O governo "não descarta nenhuma possibilidade", mas "não há nenhuma hipótese antes da conclusão da investigação e da elaboração de um relatório completo", disse à imprensa.

Atentado a bomba

Uma fonte próxima à investigação afirmou à AFP na sexta-feira (6) que tudo indica que um atentado a bomba provocou a queda do avião. "A hipótese de uma explosão provocada por uma falha técnica, um incêndio ou outra coisa parece extremamente improvável, já que os aparelhos teriam apontado algo antes da explosão ou pilotos teriam dito algo", afirmou a fonte.

Citando um investigador egípcio, o canal de televisão francês France 2, declarou ontem (6) que o ruído de explosão registrado pela caixa-preta não seria acidental. Os serviços secretos americanos e britânicos já levantaram a hipótese de que uma bomba estaria na origem da tragédia.

O braço egípcio do grupo Estado Islâmico reivindicou desde o último sábado (31), dia do acidente, a responsabilidade pela queda do Airbus. O avião russo da empresa Metrojet, que fazia a rota Sharm el Sheikh-São Petersburgo, caiu poucos minutos após a decolagem matando todas as 224 pessoas que estavam a bordo.
 

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