Tailândia prende turco suspeito de ter realizado atentado a templo
Um suspeito turco foi preso neste sábado (29) como parte das investigações sobre o ataque a um templo hindu em Bancoc. O anúncio dá força a uma das hipóteses trabalhadas pela polícia, a de um atentado realizado em represália à expulsão da Tailândia, em junho, de uma centena de uigures.
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Os uigures são uma minoria muçulmana de língua turca fortemente reprimida na China. "O suspeito é de nacionalidade turca", anunciou o coronel Banphot Phunphien, porta-voz da junta militar no poder. "Ele possuía vários passaportes", acrescentou, se recusando a fornecer a identidade do suspeito.
No entanto, o passaporte turco de um homem de 28 anos de idade chamado Adem Karadag foi mostrado pela televisão, bem como imagens de dezenas de passaportes falsos turcos.
Este grupo tem aumentado seus atos de violência, muitas vezes ataques com faca. Mas nunca realizaram um atentado fora da China, nem um tão sofisticado como foi a explosão do santuário de Erawan de Bancoc, frequentado por muitos turistas chineses.
Em julho, respondendo a um chamado de uma associação que trabalha pelos direitos dos uigures, cerca de 200 pessoas invadiram o consulado tailandês em Istambul para protestar contra a decisão de Bancoc.
Primeiro preso
Mas neste sábado, a polícia tailandesa mantinha-se muito cautelosa. Ela divulgou uma foto do homem durante a prisão em seu apartamento na periferia leste de Bangcoc, com os objetos apreendidos lacrados e colocados sobre o tapete a seus pés.
Entre eles, "materiais para a fabricação de uma bomba", segundo o general Chaktip Chaijinda, vice-chefe da polícia nacional, que disse estar "confiante de que ele está provavelmente envolvido no ataque", que causou 20 mortes em 17 de agosto no centro de Bancoc.
Esta é a primeira prisão relacionada ao caso, 12 dias após a explosão neste santuário hindu que matou 20 pessoas e deixou mais de 120 feridos, incluindo muitos turistas asiáticos. Na ausência de reivindicação, esta prisão deve ajudar a resolver o mistério em torno do ataque, sem precedentes por sua violência na Tailândia.
(Informações da AFP).
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