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Síria/presidenciais

Ditador sírio é reeleito por mais sete anos com 88,7% dos votos

O presidente sírio, Bashar al-Assad, foi reeleito para um novo mandato de sete anos. O pleito, considerado como uma farsa pela comunidade internacional, aconteceu na terça-feira (3). De acordo com o parlamento, Al-Assad alcançou 88,7% de aprovação.

O presidente Bashar al-Assad vota em Damasco, acompanhado de sua mulher, Asma, nesta terçca-feira, 3 de junho de 2014.
O presidente Bashar al-Assad vota em Damasco, acompanhado de sua mulher, Asma, nesta terçca-feira, 3 de junho de 2014. REUTERS/SANA/Handout via Reuters
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Segundo o presidente sírio, no poder desde 2000, a vitória vai encorajá-lo a intensificar o combate contra os opositores no país.

A votação aconteceu em meio aos escombros da guerra civil iniciada em março de 2011, que já deixou mais de 162 mil mortos.

O pleito, organizado nas regiões sob controle do regime, foi considerado pela França, União Europeia e OTAN como "ilegítimo." Os resultados devem ser divulgados nesta quinta-feira.

De acordo com o jornal al-Watan, a taxa de participação deve ser em torno de 70% a 80% em sete dos catorze estados do país.

Além de Assad, apenas dois outros candidatos concorrem ao cargo, Hassan al-Nouri e Maher al-Hajar, desconhecidos da política síria.

Em visita ao Líbano, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que o pleito “não poderia ser considerado como uma eleição”, e pediu aos representantes do regime que trabalhassem para colocar fim à guerra. A votação aconteceu apenas nos setores controlados pelo governo sírio, que representa 40% do território onde vive 60% da população.

O Ocidente, que apoia a oposição síria moderada, denunciou a organização das eleições. O Observatório Geral dos Direitos Humanos afirma que o regime forçou os sírios a votarem nas regiões ocupadas pelo regime.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, disse que as eleições prejudicam os esforços políticos que possibilitariam uma solução para o conflito. A representante europeia também pediu que o governo sírio esteja aberto a "verdadeiras negociações políticas."

 

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