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Síria/ guerra

Ataque a escola de Damasco mata ao menos 14 pessoas

Foguetes lançados hoje da periferia de Damasco em direção ao centro da capital síria atingiram uma escola muçulmana frequentada por crianças e adolescentes, sírios e estrangeiros. O ataque deixou pelo menos 14 mortos e mais de 80 feridos, segundo a agência estatal Sana.

Cartazes da candidatura do presidente Bashar al-Assad nas ruas de Damasco. A família Assad governa o país há mais de 40 anos
Cartazes da candidatura do presidente Bashar al-Assad nas ruas de Damasco. A família Assad governa o país há mais de 40 anos REUTERS/Khaled al-Hariri
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A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, diz ter informações de 17 mortos. A escola atingida está localizada num bairro xiita de Damasco.

O regime do presidente Bashar al-Assad atribuiu o ataque aos rebeldes, referindo-se a eles como terroristas. Nas últimas semanas, o Exército sírio conseguiu empurrar os rebeldes sunitas para áreas mais afastadas da capital, mas segundo habitantes de Damasco, em represália os insurgentes aumentaram os ataques com morteiros e foguetes.

Outro atentado realizado durante a tarde em Homs resultou na morte de pelo menos 45 pessoas. Um carro-bomba explodiu, seguido por um foguete, em um setor mantido pelo regime. Cerca de 85 pessoas ficaram feridas.

Candidatos às eleições

Esses ataques acontecem um dia depois de Assad anunciar oficialmente que vai disputar a eleição presidencial marcada para 3 de junho. Hoje, o Parlamento do país anunciou que mais quatro candidatos se apresentaram para o pleito, inclusive um cristão. A Constituição síria estipula que o presidente deve ser muçulmano.

No total, 11 pessoas já se cadastraram para concorrer. Quase todos são desconhecidos pela população. Os pedidos de candidatura serão examinados pela Corte Constitucional, que vai analisar quais nomes poderão aparecer nas cédulas.

O prazo para a oficialização das candidaturas se encerra na quinta-feira. Apesar da multiplicação dos concorrentes, o resultado das eleições já é previsto. A votação ocorrerá em regiões de influência do presidente Assad, que disputará um terceiro mandato.

Essa será a primeira eleição presidencial na Síria em mais de 50 anos. Assad e o seu pai, Hafez, que dirigiu o país de 1970 a 200, foram nomeados após referendos.

 

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