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Ucrânia/Crise

Ucrânia acusa Rússia de invasão e apela a EUA e Grã-Bretanha que garantam a soberania do país

O ministro do interior ucraniano Arsen Avakov acusou as forças russas de “invasão armada e ocupação”, nesta sexta-feira (28), após a tomada de dois aeroportos da região da Crimeia, no sul do país, por homens armados, durante à noite. O aeroporto Belbek, próximo à cidade de Sebastopol, estaria tendo seu acesso bloqueado por militares russos. O de Simferopol foi ocupado por homens armados não identificados.

Homem armado em frente ao aeroporto de Simferopol.
Homem armado em frente ao aeroporto de Simferopol. REUTERS/David Mdzinarishvili
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O parlamento ucraniano votou uma resolução apelando aos Estados Unidos e à Grã-Bretanha que garantam a soberania do país. Os dois países garantiram a independência do país em 1994 em troca da renúncia às armas nucleares.

Segundo o ministro, os militares que cercam Belbek estão armados e vestem uniformes camuflados e sem identificação, mas “que não escondem pertencer à frota russa”. Até o momento, não houve confronto armado, mas o aeroporto não está em operação.

“Eu considero isso uma invasão armada e ocupação, violando todos os acordos e normas internacionais”, escreveu Avakov em sua página no Facebook. “É uma provocação direta para um banho de sangue armado no território de um Estado soberano. A questão já não diz mais respeito ao Ministério do Interior, mas ao Conselho de Segurança e de Defesa Nacional ”, completou.

Ainda segundo Avakov, em Simferopol, a capital da Crimeia, os homens armados que tomaram o controle do aeroporto também pertenceriam a forças militares russas. Um correspondente da Agência France Press que esteve no local confirma a presença de homens armados com fuzis kalachnikov e vestindo um uniforme sem identificação. Segundo ele, o aeroporto ainda estaria funcionando, e os militares se recusaram a fazer qualquer comentário quando interrogados sobre sua origem.

A Crimeia, que já pertenceu à Rússia no passado, se tornou o principal foco de instabilidade na Ucrânia apos a deposição do presidente Viktor Yanukovitch. Mais cedo, militantes pró-Rússia já haviam tomado o parlamento local, e o risco de eclodir um movimento separatista é cada vez maior.

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