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África/Política

Sob pressão internacional, presidente da República Centro-Africana pede demissão

O presidente interino da República Centro-Africana, Michel Djotodia, acusado pela comunidade internacional de passividade diante da violência interrreligiosa que se espalhou pelo país, se demitiu do cargo nesta sexta-feira (10). A decisão foi comunicada pela Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) após uma reunião extraordinária de 2 dias em N’Djamena para decidir sobre o futuro do país.

Michel Djotodia pediu demissão nesta sexta-feira, 10 de janeiro de 2014.
Michel Djotodia pediu demissão nesta sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. AFP PHOTO / ERIC FEFERBERG
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Os líderes da CEEAC defendiam a demissão de Michel Djotodia diante de sua incapacidade de por um fim à onda de violência que atinge a República Centro-Africana. As negociações para definir os novos dirigentes do país serão realizadas na capital Bangui em uma data posterior, afirmou o comunicado divulgado ao final da reunião na capital do Chade.

A notícia da demissão do ex-chefe da coalizão rebelde Seleka foi recebida com entusiasmo pela população de Bangui que foi às ruas festejar. Tiros esporádicos foram ouvidos durante a comemoração.

Djotodia era acusado pelos moradores cristãos da capital da República Centro-Africana de ter deixado os ex-rebeldes, de maioria muçulmana, promover pilhagens e cometer uma série de abusos desde que eles conquistaram o país no ano passado.

Muitos moradores se organizaram em milícias conhecidas como anti-balaka (anti-machados) para responder aos ataques. Os alvos eram a comunidade muçulmana, o que fez o país mergulhar em uma espiral de violência. Para tentar estabilizar a República Centro-Africana, a França decidiu enviar uma força militar através da operação Sangaris.

Logo após o anúncio da saída de Djotodia do poder, pelo menos quatro blindados franceses do tipo Sagaie se posicionaram no início da tarde desta sexta-feira em torno do palácio presidencial em Bangui. O governo francês declarou, através de um comunicado, que espera uma substituição de Djobotia “o mais breve possível”.

 

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