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G20/Rússia

Síria e crise cambial devem dominar discussões no último dia da cúpula do G20

A cúpula do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, se encerra nesta sexta-feira, 6 de setembro de 2013, em São Petersburgo, na Rússia. O tema que deve continuar concentrando as atenções neste último dia é o conflito na Síria. No plano econômico, a “minicrise” cambial de Índia, Brasil, Rússia e Turquia ainda é o foco dos interesses.

Da esq. para a dir.: a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o premiê indiano, Manmohan Singh, o presidente russo, Vladimir Putin e o presidente chinês,   Xi Jinping, na cúpula do G20 em São Peterburgo nesta quinta-feira, 5 de setembro de 2013.
Da esq. para a dir.: a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o premiê indiano, Manmohan Singh, o presidente russo, Vladimir Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 em São Peterburgo nesta quinta-feira, 5 de setembro de 2013. Reuters/Sergei Karpukhin
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Andrei Netto, enviado do jornal Estado de S. Paulo a São Petersburgo, em colaboração especial para a RFI

O G20 chega nesta sexta-feira a seu segundo e último dia ainda tendo a “minicrise” cambial de Índia, Brasil, Rússia e Turquia como principal tema de discussão.

Na quinta-feira, os países emergentes que compõem o BRICS anunciaram a criação de um fundo com US$ 100 bilhões destinado a enfrentar eventuais crises financeiras. O mecanismo terá US$ 18 bilhões em dinheiro brasileiro, mesmo valor investido por Rússia e Índia, US$ 8 bilhões da África do Sul e US$ 41 bilhões da China, e deverá entrar em funcionamento em 2015.

Uma vez que o fundo estiver em funcionamento, os emergentes terão uma opção ao Fundo Monetário Internacional (FMI), um mecanismo controlado pelos países desenvolvidos.

Política

Quanto à agenda política, o G20 prossegue nesta sexta-feira com uma nova reunião plenária e, enfim, a cerimônia de encerramento, à qual Dilma Rousseff não estará presente. Ela retorna ao Brasil a fim de participar das solenidades de Sete de Setembro.

O tema que deve mobilizar as atenções pelo segundo dia consecutivo deve ser a Síria. Nesta quinta-feira, Estados Unidos e França, de um lado, e Rússia e China, de outro, travaram um novo embate diplomático. Os primeiros defendem a intervenção militar, enquanto os segundos vetam a operação no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As chances de que um acordo aconteça em São Petersburgo sobre o futuro do regime de Bashar al-Assad são remotas.

Espionagem

Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e dos Estados Unidos, Barack Obama, tiveram na quinta-feira à noite uma reunião bilateral para tratar do escândalo de espionagem americana sobre o Palácio do Planalto. O encontro aconteceu logo após a primeira plenária do G20,

O conteúdo da reunião entre Dilma Rousseff e Barack Obama ainda não foi revelado nem pela delegação brasileira nem pela Casa Branca. Mas na quinta-feira o assessor de Segurança Nacional de Washington, Ben Rhodes, antecipou a jornalistas em São Petersburgo que Obama procuraria Dilma para explicar à brasileira os objetivos da política de espionagem dos Estados Unidos. Questionado sobre se o americano pediria desculpas a Dilma, Rhodes desconversou, deixando claro que a expectativa brasileira seria frustrada.

Ainda na quinta-feira, Dilma havia se queixado da espionagem americana durante a cúpula dos BRICS, o grupo dos maiores países emergentes do mundo. Segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, os BRICS consideraram a espionagem “similar ao terrorismo”. A presidência brasileira foi mais moderada, falando apenas em um relato sobre o caso, sem declarações polêmicas.

 

 

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