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Síria/G-20

Operação militar na Síria deve ofuscar temas econômicos no G20

A intervenção militar na Síria deve dominar os debates no G20, que começa nesta quinta-feira em São Petesburgo. O presidente francês François Hollande, favorável a uma ação, deverá buscar apoio de outros países europeus, e discutir o assunto com o presidente americano Barack Obama, que aguarda o voto do Congresso no dia 9 de setembro para iniciar a ofensiva.

A Síria deve dominar os debates no G20
A Síria deve dominar os debates no G20 REUTERS/Alexander Demianchuk
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O estímulo ao crescimento sustentável e a crise que atinge os países emergentes são dois temas centrais da Cúpula do G-20, que será oficialmente aberto pelo presidente Vladimir Putin nesta quinta-feira. Os BRICs, bloco formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul se reunirão antes, pela manhã.

As reuniões da Cúpula acontecerão à tarde, mas, a economia deve ser relegada a segundo plano em detrimento da situação na Síria e uma intervenção militar iminente.  O presidente francês François Hollande, por exemplo, deverá buscar o apoio de outros países europeus, e discutir a questão com o presidente americano Barack Obama.

Hoje, diante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, disse que a ação americana não seria apenas ‘uma picada de agulha’, e enfraqueceria significativamente o arsenal militar de Bashar al-Assad.

AComissão de Relações Exteriores do Senado americano também aprovou um projeto que autoriza uma ação militar por 10 votos a favor e sete contra. O texto prevê uma intervenção 'limitada', de no máximo 60 dias, que pode ser prorrogada por mais um mês, sem o envio de tropas terrestres.

A Câmara de Representantes deverá apresentar outro texto, e ambas propostas deverão ser harmonizadas depois de passar pelo Parlamento.

O presidente russo Vladimir Putin, que até se opunha a qualquer intervenção, também disse pela primeira vez que os russos apoiariam uma ação com o aval da ONU, se o uso de armas químicas for comprovado. O país também anunciou hoje ter suspendido o envio de mísseis S-300 à Síria.

Além da Síria, o caso Edward Snowden também deve ser abordado. Em represália à concessão de asilo político ao ex-consultor do NSA, Obama cancelou um encontro bilateral que teria com Putin à margem do G20. O técnico em Informática revelou um programa de rastreamento eletrônico do governo americano que atinge internautas do mundo todo.

Os documentos revelados mostram inclusive que a presidente brasileira Dilma Rousseff foi alvo de espionagem, assunto que poderá ser abordado entre ela e Obama caso haja um encontro bilateral -o que não foi confirmado até agira. A Polícia Federal pedirá autorização aos russos para interrogar Edward Snowden.

Hoje a chefe de estado brasileira despachou com o novo chanceler, Luis Alberto Figueiredo, e no fim do dia recebeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega ,segundo informações do Planalto do Planalto.

A agenda oficial começa nesta quinta-feira, onde Dilma terá reuniões bilaterais com os membros dos BRICs. À noite a presidente participará de um jantar oferecido pelo presidente Vladimir Putin. Na sexta-feira, Dilma participará de um seminário com empresários.
 

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