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Coreia do Norte/Conflito

Jornal confirma fim de armísticio entre Coreias após ameaça de guerra

O jornal do partido comunista norte-coreano Rodong Sinmun anunciou na edição desta segunda-feira “o fim completo” do armistício entre a Coreia do Norte e do Sul, aumentando o risco de um conflito na região. Segundo o jornal, "sem o armísticio, ninguém pode prever o que acontecerá no território a partir de agora." A nova presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, deve se encontrar com Barack Obama em maio.

O líder norte-coreano observa as posições do exército sul-coreano
O líder norte-coreano observa as posições do exército sul-coreano REUTERS/KCNA
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A notícia do fim do armistício foi publicada no mesmo dia em que tiveram início os exercícios militares executados pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul, que contam com 13 mil soldados na região. A Coreia do Norte acusa os sul-coreanos de planejarem um ataque ao lado dos americanos. Na semana passada, o dirigente do país, Kim Jong-Un, anunciou que o país está preparado "para uma guerra total", e ameaçou executar "um ataque nuclear preventivo."

Diante do risco de um conflito internacional, a nova presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, será recebida em maio pelo presidente Barack Obama na Casa Branca, anunciou o conselheiro da segurança nacional, Tom Donillon. O país, que já anunciou novas sanções contra o regime na quinta-feira, deverá impor novas medidas contra o banco norte-coreano do comércio exterior para impedir o financiamento do programa nuclear de Pyongyang.

Especialistas minimizam o anúncio do fim do armistício, dizendo que o tratado foi revogado uma dezena de vezes nos últimos 20 anos. Em 2009, por exemplo, os norte-coreanos anunciaram que não se responsabilizariam mais pela segurança dos barcos navegando perto da fronteira marítima entre os dois países. Em 2010, uma ilha sul-coreana foi bombardeada perto da fronteira, causando a morte de 40 pessoas.

De acordo com o ministério da Defesa sul-coreano, os vizinhos do Norte também preparam nesta semana uma série de manobras, e teriam deixado armas a postos.  A presidente Park Geun-Hye, que assumiu o cargo há duas semanas, julgou a situação gravíssima e prometeu reagir a qualquer provocação dos norte-coreanos. O principal acordo de paz entre os dois países foi assinado em 1991, e estabelece que os diferendos sejam resolvidos pacificamente, para evitar confrontos militares.
 

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