Acessar o conteúdo principal
Coréia do Norte/ ONU

Conselho de Segurança da ONU aumenta sanções contra Coreia do Norte

O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta quinta-feira impor uma série de sanções à Coreia do Norte, a maioria financeiras, em resposta ao terceiro teste nuclear realizado em fevereiro por Pyongyang. A resolução 2094, elaborada pelos Estados Unidos e proposta conjuntamente com vários países, como Reino Unido, Coreia do Sul e França, foi adotada por unanimidade entre os 15 membros.

Membros do Conselho de Segurança aprovaram resolução por unanimidade.
Membros do Conselho de Segurança aprovaram resolução por unanimidade. REUTERS/Brendan McDermid
Publicidade

As sanções tentam acabar com as fontes de financiamento utilizadas por Pyongyang para alcançar suas ambições militares. As medidas intensificam a observação de diplomatas do país e aumentam uma lista negra de pessoas físicas e empresas submetidas ao congelamento de bens no exterior ou à proibição de  ingressar em diversos países.

As sanções definem ainda uma série de produtos de luxo que os parceiros do regime comunista não poderão adquirir no exterior e obrigam a realização de inspeções em carregamentos suspeitos de vir ou ter como destino a Coreia do Norte.

A embaixadora dos Estados Unidos ante às Nações Unidas, Susan Rice, disse que as sanções atingirão em cheio Pyongyang. "Aplicadas juntas, estas sanções são um golpe duro. Aumentarão o isolamento da Coreia do Norte e incrementarão o custo para os líderes da Coreia do Norte de desafiar a comunidade internacional", afirmou Rice aos jornalistas.

Negociações com a China

Rice negociou, durante três semanas, as sanções com o embaixador da China no conselho, Li Baodong, que disse que a resolução era "um importante passo adiante", mas ressaltou que elas devem levar à “retomada de negociações” e à “diminuição das tensões”. Os 15 países membros do Conselho de Segurança manifestaram sua preocupação diante do último teste nuclear norte-coreano, realizado em 12 de fevereiro, o terceiro depois dos de 2006 e 2009.

O Conselho de Segurança ainda se disse pronto para tomar "importantes medidas adicionais", não informadas, se Pyongyang proceder um novo teste de bomba atômica ou um novo lançamento de mísseis. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que é ex-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, saudou a medida do conselho, afirmando por comunicado que a resolução "enviou uma mensagem inequívoca (para a Coreia do Norte) de que a comunidade internacional não vai tolerar sua busca por armas nucleares".

Sem se abalar com a votação da ONU, a Coreia do Norte continuou com sua escalada verbal, acusando os Estados Unidos de quererem provocar uma guerra atômica e ameaçando Washington com um ataque nuclear "preventivo". Pyongyang acusa os Estados Unidos de usarem exercícios militares na Coreia do Sul como plataforma de lançamento para uma guerra nuclear, e por isso suspendeu o armistício com Washington, que havia encerrado as hostilidades na Guerra da Coreia (1950-1953).
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.