Coreia do Norte ameaça pôr fim ao armistício com o Sul

O país ameaçou acabar com o armistício assinado com a vizinha Coreia do Sul, em 1953. A razão para a ameaça seria a tensão provocada pelos recentes testes nucleares e manobras militares efetuados pelos sul-coreanos e os americanos.

Oficial do Exército exibe armamento ao líder e chefe Kim Jong-un REUTERS/KCNA

Em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial norte-coreana, Pyongyang alertou que estaria pronto para cortar o "telefone vermelho" (única via de diálogo entre os dois países), instalado no vilarejo de Panmunjom, na fronteira entre as duas Coreias. Os norte-coreanos declararam que medidas enérgicas serão tomadas contra a "hostilidade americana". O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne nesta terça(5) para discutir novas sanções que seriam impostas à Coreia do Norte, depois que o país realizou um teste nuclear no último dia 12 de fevereiro. A manobra foi condenada por toda a comunidade internacional. Segundo diplomatas, a reunião desta terça é o sinal de que os EUA e a China estariam dispostos a tomarem decisões conjuntas sobre a Coreia do Norte.

O regime de Pyongyang realizou em dezembro de 2012 o lançamento de um foguete espacial, que seria, segundo o Ocidente, um míssil de longa distância. Dois meses mais tarde, a realização de um terceiro teste nuclear suscitou a indignação de dirigentes em todo o mundo. A China, tradicional aliada da Coreia do Norte também criticou a manobra.

Os lançamentos de foguetes, bem como os testes nucleares já custaram aos norte-coreanos uma série de sanções internacionais desde 2006. Apesar da ameaça de Pyongyang, americanos e sul-coreanos prevêem a realização de manobras militares em computadores entre os dias 11 e 21 de março. Outros testes já estão em curso, com final previsto para o dia 30 de abril.