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Serra Leoa/Justiça

Tribunal para Serra Leoa pode rever condenação de ex-presidente da Libéria

O procurador do Tribunal Especial para a Serra Leoa (TSSL) e os advogados de defesa do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, apresentam nesta terça-feira os argumentos no processo de recurso a sua condenação a 50 anos de prisão por crimes contra a humanidade e crimes de guerra na Serra Leoa.

O ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, cercado de policiais, durante seu processo no Tribunal Especial para a Serra Leoa, na Holanda, em 2011.
O ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, cercado de policiais, durante seu processo no Tribunal Especial para a Serra Leoa, na Holanda, em 2011. REUTERS/Jerry Lampen
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A audiência do TSSL, órgão jurídico administrado pelas Nações Unidas e instalado em Haia, na Holanda, deve ser concluída na quarta-feira. A acusação quer uma pena mais severa para Taylor de 64 anos, já condenado em primeira instância em abril de 2012 por ter apoiado e dado ordens em troca de diamantes aos rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF), durante a guerra civil na Serra Leoa, que deixou 120 mil pessoas mortas entre 1991 e 2001.

De acordo com os juízes, Taylor "ajudou e encorajou" uma campanha de terror para controlar a Serra Leoa durante a guerra civil , marcada por diversos atos de canibalismo e mutilações. "A condenação apropriada seria de 80 anos de prisão, para refletir o conjunto de seu comportamento e de sua culpa", alega a acusação.
Já a defesa quer a anulação da sentença e aponta erros no julgamento.

Taylor foi o primeiro chefe de estado africano a ser condenado pela Justiça internacional por participação em crimes de guerra. A decisão final dos juízes será conhecida no segundo semestre desse ano. Se a sentença da primeira instância se confirmar, o réu deve cumprir pena na Grã-Bretanha, devido a um acordo firmado com o tribunal.
 

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