ONG anuncia retirada de civis de Homs após garantias de suspensão de combates
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou nesta quarta-feira preparar a retirada de pessoas feridas e civis bloqueados em Homs, cidade da região central da Síria e um dos redutos da insurreição contra o regime de Bashar Al-Assad. O Comitê, que encaminhou pedido para o governo de Damasco e grupos da oposição, diz ter tido a garantia de uma pausa nos combates para realizar a operação.
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Hicham Hassan, porta-voz do Comitê, disse à agência de notícias Reuters que dispõe de equipes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da Cruz Vermelha síria em Homs para realizar a operação. “Esperamos começar assim que possível. Estamos acertando os detalhes sobre questões técnicas”, disse Hassan.
Em comunicado, o Comitê afirma que centenas de civis estão bloqueados na cidade de Homs e não conseguem sair de suas casas nem encontrar refúgio seguro diante dos confrontos violentos.
As forças leais ao presidente Bashar Al-Assad bombardeiam há vários dias diversos redutos dos opositores ao regime, entre eles vários bairros de Homs.
“Nossa prioridade número 1 é retirar doentes e feridos para áreas mais seguras, onde eles possam ser tratados”, afirmou a responsável pelas operações do Comitê no Oriente Médio, Béatrice Mégevand-Roggo, citada no comunicado.
O Comitê também pretende reforçar a capacidade de ajuda humanitária das equipes locais da Cruz Vermelha.
Missão de Observadores
Após uma reunião do Conselho de Segurança, o chefe das operações de manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, anunciou a disposição dos observadores das Nações Unidas de permanecer na Síria, apesar da escalada de violência que levou à suspensão da missão no país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, expressou seu desejo de que os 15 membros do Conselho de Segurança mantenham uma “pressão contínua” sobre o regime de Al-Assad para que seja aplicado o plano proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
A Rússia e a China continuam bloqueando toda iniciativa de uma mudança de regime através da força.
De acordo com o Observatório Sírio de Defesa dos Direitos Humanos, pelo menos 49 pessoas foram mortas nesta quarta-feira em diferentes combates pelo país e desde o início da revolta popular contra o governo de Bashar Al-Assad, em março do ano passado, mais de 14.400 pessoas morreram, a maioria civis.
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