Em Genebra, Suu Kiy pede investimentos em Mianmar
A líder da oposição em Mianmar, a ex-Birmânia, Aung San Suu Kyi, fez um vibrante apelo nesta quinta-feira por investimentos estrangeiros em seu país, em discurso na Conferência Internacional do Trabalho, na sede da ONU, em Genebra. A opositora, que passou 22 anos em prisão domiciliar e eleita este ano para o parlamento, foi recebida com uma ovação pelo plenário da OIT.
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Em seu discurso na tribuna do Palácio da ONU, ela pediu às empresas estrangeiras que ajudem no desenvolvimento do país, dando uma chance aos jovens birmaneses que não puderam ter acesso à educação durante o longo regime militar.
“É um pedido urgente da minha parte”, disse a líder da Liga Nacional pela Democracia. As empresas não vão apenas por “altruísmo, eu sei”, disse Suu Kyu, mas “espero que os lucros delas sejam divididos com a população, especialmente os jovens”.
Aung San Suu Kyi disse não querer a saída da petrolífera francesa Total do país, considerando que a empresa é um investidor responsável para Mianmar. “Acho que Total é um investidor responsável, apesar de certos questionamentos durante o período da junta militar, mas hoje, ela (Total) é sensível a questões dos direitos humanos”, disse.
A líder também afirmou não ter intenção de pedir à americana Chevron de renunciar as suas atividades no país.
Aung San Suu Kiy convidou todos os participantes da Conferência da OIT a visitarem Mianmar "para observar de perto todo o potencial que representa a juventude" de seu país.
Depois de visitar a Suíça, a líder da oposição irá à Nouega onde irá receber o prêmio Nobel da Paz, atribuído a ela em 1991. Na época, ela foi impedida de deixar o país pela junta militar.
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