Tropas de Assad matam estudantes na universidade de Aleppo
A tensão subiu mais um grau na Síria nesta quinta-feira. Forças de segurança do regime de Bashar al-Assad abriram fogo esta manhã contra estudantes que faziam um protesto anti-regime no campus da Universidade de Aleppo, no norte do país. Quatro universitários morreram baleados, 28 ficaram feridos e 200 foram detidos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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Um comunicado publicado no site da universidade informa que as aulas foram suspensas temporariamente até o dia 13 de maio. A direção alega "não ter condições de controlar a situação no campus". Insistindo na estratégia do terror, esquadrões do presidente Bashar al-Assad passaram a madrugada invadindo quartos de estudantes dentro e fora do campus universitário. Eles quebraram móveis e incendiaram objetos pessoais dos universitários, conforme relatos.
A presença de observadores internacionais da ONU em Aleppo, segunda maior cidade da Síria, não causa a menor inibição ao regime. O presidente sírio continua desafiando o cessar-fogo acertado com a ONU e a Liga Árabe e trata os militantes de oposição com extrema violência.
As mortes em Alepo provocaram uma onda de indignação em outras universidades do país, gerando protestos em Damasco, Deraa e Deir Ezzor. Treze meses após o início da crise política, os sírios enfrentam a repressão com coragem. Na opinião de Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, se a mobilização em Aleppo foi até hoje moderada, a violência contra os estudantes pode incitar os habitantes da cidade a se mobilizar de maneira mais incisiva contra o regime.
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