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Irã/ programa nuclear

Irã não aceitará condições para diálogo sobre programa nuclear

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, disse que o Irã não vai aceitar pré-condições impostas por potências mundiais antes da retomada das negociações sobre as atividades nucleares iranianas no próximo fim de semana, relatou hoje a mídia iraniana. O país se reúne no sábado com os cinco países do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (segundo à esq.) participa de uma cerimônia de apresentação de novos projetos nucleares em Teerã, em 15 de fevereiro.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (segundo à esq.) participa de uma cerimônia de apresentação de novos projetos nucleares em Teerã, em 15 de fevereiro. REUTERS
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"Estabelecer condições antes da reunião significa tirar conclusões, o que não faz nenhum sentido. Nenhuma das partes irá aceitar condições estabelecidas antes das conversas", afirmou Salehi. Autoridades americanas dizem que as prioridades para as negociações são fazer com que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio em altas doses (20%) e feche o complexo nuclear construído nas profundezas de uma montanha em Qom. O encontro acontecerá no sábado, em Istambul.

“Nós temos as nossas posições e o P5+1 [Estados Unidos, China, Rússia, França e Inglaterra, mais a Alemanha] tem as suas. Mas nós devemos encontrar um ponto de concordância”, declarou Salehi.
Os EUA e seus aliados suspeitam que o programa nuclear iraniano é usado secretamente para desenvolver armas. O Irã argumenta que suas atividades nucleares são pacíficas, como uso médico e energético, e se recusou, até agora, a suspender o enriquecimento de urânio.

Antes da paralisação das negociações, em 2009, uma das alternativas que faziam parte dos diálogos era que o Irã recebesse o urânio enriquecido a 20% em um país estrangeiro, em troca do fechamento da sua usina nuclear. Mas essa opção foi descartada hoje pelo diretor do programa iraniano de energia, Fereydoon Abbasi-Davani. “A República Islâmica não vai voltar atrás. Ela não tem nenhum interesse em receber combustível enriquecido em outros países, porque já realizou importantes investimentos [na sua usina]”, afirmou.
 

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