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Egito

Justiça egípcia proíbe "testes de virgindade" em prisioneiras

A justiça egípcia proibiu nesta terça-feira o exército de praticar "testes de virgindade" forçados em mulheres detidas. A decisão do Tribunal do Cairo, na capital do país, responde a reivindicação de numerosos organismos não–governamentais, para a condenação desta prática. Eles denunciam os testes como uma forma de tortura e de violência sexual praticada nas prisões militares.

A egípcia Samira Ibrahim participa de protesto na Praça Tahrir, no Cairo, contra "testes de virgindade" aplicados em mulheres.
A egípcia Samira Ibrahim participa de protesto na Praça Tahrir, no Cairo, contra "testes de virgindade" aplicados em mulheres. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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A decisão favorece Samira Ibrahim, jovem de 25 anos, que contou em um vídeo publicado no site You Tube ter sido submetida ao teste e sofrido agressões físicas, após ser detida por militares durante uma manifestação em março, na Praça Tahir, no Cairo. Samira recorreu à justiça do país e terá seu caso julgado em janeiro de 2012.

De acordo com as autoridades militares, os testes eram realizados para impedir falsas acusações de estupro contra soldados. No entanto, o chefe da justiça militar, Adel Mursi, julgou a ordem "não aplicável", já que, segundo ele, não haveria nenhuma indicação para que militares executem testes como esses em prisioneiras.

Imagens divulgadas na internet mostrando manifestantes sendo agredidos, sobretudo mulheres, vêm contribuindo para uma imagem negativa do atual regime. Em novembro, a denúncia de estupro feita por uma jornalista francesa aqueceu o debate sobre as violências contra mulheres cometidas pelas forças de repressão ligadas ao poder. Um governo militar comanda o Egito, desde a queda do ex-ditador Hosni Moubarak, em fevereiro deste ano.
 

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