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Egito/Eleições

Egito vai às urnas para segunda fase de eleição legislativa

Começa nesta quarta-feira a segunda fase das eleições legislativas no Egito que terá dois turnos. O primeiro será realizado em dois dias, entre hoje e amanhã. O segundo turno, foi marcado para a semana que vem. Mais de 18 milhões de eleitores são convocados às urnas para eleger representantes de três importantes regiões do país, incluindo a periferia da capital, Cairo.

Fila de eleitoras que participam da segunda fase das eleições legislativas no Egito.
Fila de eleitoras que participam da segunda fase das eleições legislativas no Egito. REUTERS/Asmaa Waguih
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O processo eleitoral para a transição democrática no Egito será longo. Uma terceira fase das eleições legislativas está programada para o ano que vem, antes das eleições presidenciais. A primeira fase das eleições foi marcada por uma ampla vitória dos partidos islâmicos que juntos, contabilizaram mais de 65% dos votos e chegam com força para essa nova etapa.

O Egito é governado, atualmente, por uma junta militar que nomeou recentemente o primeiro-ministro, Kamal Al Ganzouri, para chefiar o governo transitório. Mas ele continua a enfrentar protestos dos jovens, insatisfeitos com as lentas mudanças em curso no país desde a queda do ditador Hosni Mubarak.


Segurança reforçada

Para evitar conflitos e confusão como na primeira fase das eleições, o chefe do conselho militar, Hussein Tantawi, declarou que as medidas de segurança aumentarão durante a votação nessa semana. O futuro Parlamento egípcio deverá formar uma comissão engarregada de redigir uma Constituição para o país.

A Irmandade Muçulmana ganhou a primeira fase com 36% dos votos, seguidos pelo partido salafista com 24%. As duas correntes islâmicas, porém, não são aliadas e disoutam o eleitorado. Já os grupos laicos e liberais assim como os movimentos jovens que ajudaram a derrubar Moubarak não conseguiram se organizar politicamente de forma sólida.

Na semana passada, um comitê de 30 pessoas foi formado pelo conselho das forcas armadas, composto por intelectuias, escritores, artistas e figuras liberais para realizarem consultas com os militares e resolver os problemas atuais do país. O conselho militar convidou a Irmandade Muçulmana a participar do comitê, mas ela rejeitou. Conforme declarações realizadas pela Irmandade Muçulmana, ela pretende elaborar a Constituição sozinha sem interferência de outros partidos e do conselho militar.

 Colaborou Ayman Abdel , correspondente da RFI no Cairo.

 

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