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Myanmar/rebeldes

Governo de Mianmar, ex-Birmânia, assina acordo de cessar-fogo com rebeldes

As autoridades de Mianmar, ex-Birmânia, concluíram um acordo de cessar-fogo com os principais grupos rebeldes do país, formado por guerrilhas de minorias étnicas. O anúncio foi feito por um dos representantes que está mediando as negociações, em mais um sinal de abertura do governo, no poder desde novembro de 2010, mas formado por ex-militares da Junta que esteve à frente do país por mais de meio século.

A secretária de estado americana Hillary Clinton durante encontro com o presidente de Myanmar, Thein Sein.
A secretária de estado americana Hillary Clinton durante encontro com o presidente de Myanmar, Thein Sein. REUTERS/Saul Loeb/Pool
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O acordo foi assinado nesta sexta-feira entre rebeldes do estado de Shan Sud e as autoridades no nordeste do país, segundo Hia Maung Shwe, fundador da ONG Mianmar Egress, que acompanhou a ratificação do documento. “Trata-se do primeiro grupo que assinou um acordo de paz, de cinco que nós encontramos”, explicou. Os quatro outros grupos representam as minorias karen, kachin, karenni e chin. Um dos ministros do governo do presidente Thein Sein, que participa das discussões de paz com as guerrilhas, também esteve presente.

De acordo com o site Irrawaddy, coordenado por birmaneses que estão no exílio, no documento, o governo se compromete a lutar contra o tráfico de drogas e assume o compromisso de trabalhar para o desenvolvimento econômico do país. As negociações das guerrilhas com o governo central devem ter início em breve.

Depois das eleições de 7 de novembro de 2010, a Junta Militar de Mianmar transferiu o poder em março deste ano para um governo civil, que é formado principalmente por membros das forças armadas que estava no poder durante mais de meio século de ditadura. De acordo com observadores internacionais, houve diversas fraudes no pleito, o que levou ao boicote do LDN, partido da líder da oposição e prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.

Libertada no ano passado, na semana passada ela declarou a jornalistas que gostaria de participar das próximas eleições. Nesta sexta-feira, Aung San Suu Kyi reuniu-se com a secretária de estado americana, Hillary Clinton, e pediu aos Estados Unidos que contribuam para a liberação dos cerca de 1000 presos políticos e protejam as minorias étnicas, que ainda são alvo de perseguição.

A secretária de estado americana esteve no país para uma visita de três dias e também se reuniucom o presidente Thein Sein. Durante o encontro, ela afirmou que o governo americano estava disposto a ajudar financeiramente Mianmar, e reestabelecer as relações bilaterais, se as autoridades se comprometessem a adotar reformas democráticas definitivas.
 

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