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Egito/ protestos

Em crise política, Egito tem mais uma noite de confrontos

A seis dias das eleições para a escolha de um novo governo, a situação continua tensa no Egito. Pelo quarto dia consecutivo, policiais e manifestantes entraram em confronto na Praça Tahir, no centro do Cairo, durante protestos pela saída dos militares do poder. Na noite desta segunda-feira pelo menos de 20 mil pessoas estiveram no local, que foi o símbolo da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, em fevereiro.

Houve novos confrontos entre a polícia egípcia e manifestantes durante protestos no Cairo, nesta segunda-feira.
Houve novos confrontos entre a polícia egípcia e manifestantes durante protestos no Cairo, nesta segunda-feira. REUTERS/Goran Tomasevic
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Desde o início das manifestações, no final de semana, 33 pessoas morreram. Segundo a agência de notícias estatal Mena, 60 manifestantes ficaram feridos em confrontos em Ismailia, cidade situada junto ao Canal de Suez. Enquanto isso, na capital, ao menos 20 pessoas ficaram feridas na madrugada, a maioria por disparos de balas de borracha no rosto e pelos efeitos do gás lacrimogêneo, perto da praça Tahrir e do Ministério do Interior, onde se concentram os confrontos. Um novo protesto está previsto na tarde desta terça-feira no local, para manter a pressão pela saída dos militares e pedir a formação de um governo de união nacional.

Os manifestantes pedem a saída do marechal Mohamed Hussein Tantaoui, ex-ministro da Defesa do antigo regime e que lmidera o Conselho Supremo das Forças Armadas. A mobilização é organizada pela coalizão dos jovens da revolução e do movimento 6 de abril e não cessou apesar da renúncia do gabinete civil do governo transitório, chefiada pelo primeiro-ministro Essam Sharaf, anunciada ontem.

A Irmandade Muçulmana adiantou que não participa do protesto para evitar confrontos violentos com a polícia. Considerado o grupo político mais organizado do país, a Irmandade Muçulmana confirmou que vai participar hoje de um diálogo convocado pelo Conselho das Forças Armadas, que comanda o país desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, em fevereiro. O conselho recusou a demissão o atual governo, segundo informou uma rede de tevê egípcia.
 

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