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Palestina/ONU

Sarkozy defende status intermediário para Palestina na ONU

O presidente francês Nicolas Sarkozy propôs nesta quarta-feira durante a Assembléia-Geral da ONU que a Palestina obtenha um status de observador, a exemplo do Vaticano. A ideia também foi defendida pela chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, durante uma visita à região há cerca de uma semana.

O presidente Nicolas Sarkozy durante discurso na ONU
O presidente Nicolas Sarkozy durante discurso na ONU
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Para o presidente francês, que dedicou seu discurso à questão, o status de Estado observador é provisório. Ele propôs um plano de três pontos : a retomada das negociações em um mês, um acordo para estipular as fronteiras do futuro estado Palestino e uma solução definitiva em um ano. "O objetivo principal é o reconhecimento mútuo de dois estados para dois povos, com base nas fronteiras de 1967, e as trocas de território equivalentes", declarou.

Sarkozy ainda salientou que os países estão diante de um impasse. "Sabemos que hoje o reconhecimento de pleno direito do estado Palestino não pode ser obtido imediatamente", declarou o presidente francês, que disse temer uma onda de violência na região em caso de veto do Conselho de Segurança. Para ele, o status intermediário, que já representa uma evolução em relação à posição atual, é a maneira de apaziguar os ânimos. Os palestinos hoje possuem o status de "entidade observadora."

Sarkozy também fez um apelo para que Israel tome algum tipo de iniciativa para desbloquear o processo de paz . "Tenho uma amizade profunda pelo povo israelense. Ouçam os gritos da juventude nas ruas na Primavera Árabe. Eles diziam: ‘Viva a Liberdade’, e não ‘Abaixo Israel’”, declarou o presidente, que acrescentou. “Vocês não podem ignorar o vento de liberdade e democracia que sopra na região.”

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, deve pedir o reconhecimento do estado palestino no Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira, mas o veto dos Estados Unidos é dado como certo. Os americanos também podem cortar a ajuda financeira para a região. Abbas também poderá levar o assunto para debate na Assembleia Geral das Nações Unidas. Se obtiverem dois terços dos 193 votos dos países representados, os palestinos podem ser admitidos como estado não-membro.
 

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