Violência faz milhares de sírios fugirem para a Turquia
A repressão na Síria se intensifica e milhares de pessoas continuam tentando deixar o país. Nas últimas 24 horas, centenas de civis sírios fugiram para o norte, perto da fronteira com a Turquia. No total, cerca de 4.300 sírios atravessaram a fronteira e se instalaram em barracas improvisadas no sul do território turco.
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Os refugiados são recebidos por policiais turcos e transportados para dois campos improvisados na província de Hatay. O governo turco diz que tem feito de tudo para receber os vizinhos, que tentam escapar dos violentos confrontos entre manifestantes e forças do governo.
Neste sábado, as forças de ordem sírias, com o apoio de helicópteros, mataram, pelo menos, 25 civis durante manifestações contra o regime em diversas partes do país. Desde o dia 15 de março, quando teve início o movimento de protesto, mais de 1.200 pessoas já morreram na Síria.
Os Estados Unidos pediram o fim imediato da violência e das hostilidades. Um porta-voz da presidência norte-americana afirmou que o governo da Síria está seguindo "um caminho perigoso". O governo americano classificou os atos na Síria de "revoltantes".
As condenações não vieram somente dos Estados Unidos. Mais de 15 cidades em todo o mundo, entre elas Paris, Montreal e Nova Iorque, se uniram para celebrar, neste sábado, uma jornada mundial pela Síria.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas está analisando projeto de resolução que condena repressão do governo da Síria às manifestações pró-democracia. Mas alguns membros do Conselho temem que abra o caminho para uma intervenção internacional na Síria, como ocorreu com o Líbia.
O Brasil considera que uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o governo da Síria poderá aumentar ainda mais a tensão no Oriente Médio
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