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Mudanças Climáticas

Reunião sobre clima na China marca diferença entre emergentes e ricos

Os países industrializados devem "rever consideravelmente para cima" seus objetivos de redução de gases que provocam o efeito estufa. A advertência, lançada hoje por um negociador chinês, é uma amostra de que as divergências entre países ricos, emergentes e em desenvolvimento estão longe de serem resolvidas.

Representantes de cerca de 170 países estão reunidos em Tianjin, na China, para preparar a reunião do Clima de Cancún.
Representantes de cerca de 170 países estão reunidos em Tianjin, na China, para preparar a reunião do Clima de Cancún. Reuters
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Até sábado, mais de 3 mil especialistas de 170 países, entre eles o Brasil, estão reunidos em Tianjin, na China, em mais uma reunião preparatória para tentar aparar as arestas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada no início de dezembro, em Cancún, no México.

O chefe da delegação chinesa, Su Wei, fez hoje uma acusação velada ao Estados Unidos, acusando o maior poluidor mundial de não fazer os esforços necessários para tentar um acordo. "Diversos países industrializados, principalmente um pequeno grupo dentre eles, estão atrasados no que diz respeito à implementação de ações para conter as mudanças climáticas, o que têm impedido avanços importantes nas discussões", afirmou durante coletiva de imprensa.

O governo do presidente Barack Obama se comprometeu a reduzir as emissões de gazes que provocam o efeito estufa em 17% até 2020 , com base nos níveis registrados em 2005. Esse objetivo, se adaptado ao ano de 1990, que serve de base para as negociações internacionais, significa uma redução de apenas 4%, o que é considerado um esforço insuficiente pelos países emergentes e mesmo pela União Europeia, que se comprometeu a reduzir as emissões em 20%, podendo chegar a 30%, dependendo da posição de outros países industrializados.

Ontem, na abertura do encontro em Tianjin, a responsável das Nações Unidas para o Clima, a costariquenha Christiana Figueres, afirmou que está na hora de conseguir resultados concretos e urgentes para lutar contra os efeitos do aquecimento do planeta.

Segundo Figueres, na reunião de Cancún já se poderá chegar a acordos sobre um fundo para ajudar os país mais pobres a lutar contra as mudanças climáticas e também um mecanismo para combater o desmatamento.

Esta é a primeira vez que a China, um dos países que mais emitem gazes que provocam o efeito estufa, sedia o encontro que reúne representantes governamentais, cientistas e ONGS ecologistas.

Em dezembro do ano passado, as negociações internacionais para um acordo global sobre o clima capotaram depois de 2 semanas de discussões em Copenhague, na Dinamarca.
 

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