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Clima/Estudo

Ano de 2010 deve ser um dos mais quentes, revelam cientistas

O ano de 2010 deve ser o mais quente de todos os tempos e o nível de gelo no Ártico será um dos mais baixos dos últimos anos informou nesta quinta-feira um grupo de cientistas americanos ao publicar um estudo sobre a evolução do clima. O ritmo de redução da calota polar Ártica faz os especialistas preverem um degelo durante o verão dentro de 20 anos.

Flick/ Ludovic Hirlimann
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Nos oito primeiros meses do ano foi igualado o recorde da temperatura combinada da superfície da terra e do mar, registrado em 1998, que foi 14,7 graus Celsius, ou seja, um aumento de 1,21 graus em relação à média de todo o século 20, segundo comunicado do National Climatic Data Center.

De junho a agosto deste ano, a média das temperaturas no hemisfério norte foi a mais alta desde 1998. De acordo com os especialistas, a média acima do normal foi identificada em diversas regiões do globo, principalmente no leste da Europa, leste do Canadá e em algumas regiões no leste da Ásia.

Em agosto, a Grã-Bretanha registrou seu verão mais quente dos últimos 17 anos, segundo o instituto de meteorologia britânico enquanto que no mesmo período, o calor na China foi o mais intenso desde 1961.

Há 150 anos são medidas as temperaturas no planeta.

Geleira

Nesta quarta-feira outro estudo publicado por pesquisadores americanos revelou que no dia 10 de setembro o Ártico registrou seu nível mais baixo de gelo este ano.

A cobertura glacial do Ártico, no seu nível mais baixo, chegou a uma superfície de 4,76 milhões de Km², cerca de 630 mil Km² a mais do que o recorde de 2007.

A medição da cobertura glacial, feita por satélites a partir de 1979, revelou que é a terceira vez que o nível da geleira da Ártico é inferior a 5 milhões de Km².  A redução, segundo especialistas, obrigou milhares de morsas a procurar terra firme. Um biólogo da ONG ecologista WWF, afirmou que entre 10 e 20 mil delas chegaram ao Alaska nos últimos dias.

Diante da redução considerada preocupante, o diretor do Centro de Informações de Geleira e de Neve da Universidade do Colorado, Mark Serreze, estima que dentro de 20 anos, quem visitar o Ártico no verão poderá não ver mais sinais de gelo e, sim, apenas o imenso azul do Oceano.

 

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